Sp. Braga, detentor do troféu voltam a marcar presença na final. Jesus mudou tática para disfarçar as baixas Covid. Foi insuficiente
Em tempos de guerra, foi a força aérea do Sp. Braga a ditar o resultado que volta a levar os detentores da Taça da Liga a nova final da competição. O Benfica ressentiu-se das diversas baixas Covid na defesa e Jorge Jesus vê por um canudo outro objetivo da temporada.
E comecemos precisamente pelo técnico encarnado. Sem esse batalhão de jogadores, desenhou uma espécie de linha defensiva a três, com Weigl no meio de Todibo e Jardel. Carlos Carvalhal deixou Paulinho no banco e não alterou o seu 3x4x3.
A verdade é que a primeira parte tem algum ascendente benfiquista, só que o problema estaria, duas vezes, nas segundas vagas de bolas paradas. Aos 28’, após um canto, Ricardo Horta volta a mandar a bola lá para cima e Abel Ruiz fez o 1-0.
Emergiu então Darwin, muito em jogo, mas sem capacidade de passar a teoria dos golos à prática. Aos 42’, atirou ao poste, com Rafa a não aproveitar a ressaca. A seguir, foi Seferovic a dar trabalho a Matheus. O guardião brasileiro só não defenderia o penálti de Pizzi, em cima do intervalo, após falta de Carmo sobre Darwin Núñez.
Após o descanso, a mesma solução bracarense e o mesmo problema encarnado. Fransérgio ameaçou de cabeça à barra e, logo no minuto seguinte, novamente numa ressaca de bola parada, Horta voltou a puxar de régua e esquadro e Tormena cabeceou para o 2-1. Jesus tentou mexer, e muito, mas os raides de Cebolinha nada adiantaram. Numa prova marcada pelas defesas a 3, são as mais habituadas a fazê-lo que se defrontam na final do próximo sábado.
Jesus: "Podíamos ter ganho"
"Perdemos um jogo que podíamos ter ganho. Durante 60 minutos, o Benfica foi sempre a equipa que criou mais oportunidades, que fez mais remates, que teve mais cantos. Só não tivemos mais golos, que é aquilo que conta. Foi um jogo bem disputado", disse ontem Jorge Jesus após a eliminação da Taça da Liga, acrescentando: "Fomos obrigados a mexer muito na equipa e o Sp. Braga aproveitou bem."
Carvalhal: "Apostamos tudo para vencer"
"Vamos preparar a final [com o Sporting] da melhor forma, com pouco tempo, mas estamos habituados a isso e não é desculpa. Gostaríamos de ter mais um dia de descanso, mas vamos apostar tudo para vencer a Taça da Liga. Viemos com lugar marcado até sábado. As malas estão no hotel. O pior que podia acontecer era pegar nas coisas e ir embora", disse Carlos Carvalhal, técnico do Sp. Braga.
Análise ao jogo
Positivo: Coração e artéria Horta
Já não é nenhuma surpresa. Sp. Braga volta a uma final de uma competição da qual até é o detentor. Grande coração da equipa bracarense, guiada por Ricardo Horta, com duas assistências para golo. Elogio à capacidade benfiquista, em semana difícil, principalmente na primeira parte.
Negativo: O vírus das bolas paradas
A defesa era completamente nova e essa é uma grande condicionante. Mas o Benfica falhou de forma grave nas segundas vagas de lances de bola parada, com Jardel e Todibo como principais réus. Jorge Jesus vê nova competição fugir, depois da Champions e da Supertaça.
Arbitragem: Em casa é que se está bem
Numa altura em que se apela à permanência em casa, Fábio Veríssimo, da Associação de Leiria, não foi perfeito, mas esteve globalmente bem nas decisões - por exemplo, no penálti sobre Darwin e no golo anulado (68’) ao Sp. Braga. Perdoou segundos amarelos a Weigl e a Castro.
Análise aos jogadores
Sp. Braga: Ricardo tem horta para cultivar golos Ricardo Horta
Matheus – Seguro entre e fora dos postes. Grande defesa a cabeceamento de Seferovic e a um remate de Pizzi.
Esgaio – Algumas dificuldades para travar Cervi, mas cumpriu.
Tormena – Forte a defender e letal a atacar. Fez o 2-1 com um bom golpe de cabeça.
David Carmo – Decisivo a evitar um golo a Darwin e precipitado a cometer a falta que deu penálti.
Sequeira – Dono das bolas paradas e bem nos cruzamentos para a área.
Al Musrati – Pulmão e músculo no meio-campo .
Castro – Aguerrido e em alta rotação. Faltoso.
Fransérgio – Um líder. Forte no meio-campo e perigoso na zona de finalização.
Galeno – Um bom passe para Fransérgio, mas Helton Leite antecipou-se.
Abel Ruiz – Bem a ganhar espaço entre os centrais do Benfica para cabecear para o golo. Bons movimentos.
João Novais – Refrescou o meio-campo.
Paulinho – Viu Helton Leite negar-lhe um golo, num bom remate.
Piázon – Ganhou minutos para a adaptação.
Iuri Medeiros – Sem tempo.
Benfica: Darwin tem tudo... menos poder de fogo
Helton Leite – Bons instintos. Grande defesa a remate de Paulinho.
João Ferreira – Cumpriu, sem deslumbrar.
Todibo – Muitos passes errados na saída com bola. É ele quem coloca Tormena em jogo no segundo golo.
Jardel – Deixou-se antecipar por Abel Ruiz no golo. Sem pedalada.
Cervi – Irrequieto. Trouxe profundidade com bons passes para Darwin e Seferovic.
Weigl – Dois cortes imperiais a evitar golos de Abel Ruiz. Faltoso e eficaz.
Taarabt – Não conseguiu criar desequilíbrios.
Pizzi – Alguns bons rasgos. Converteu o penálti (1-1).
Rafa – Interventivo, foi travado várias vezes em falta.
Seferovic – Grande cabeceamento a que Matheus correspondeu com a defesa da noite. Andou longe da baliza.
Pedrinho – Trouxe qualidade, mas faltou tempo.
Ferro – Deixou-se antecipar e valeu-lhe uma grande defesa de Helton Leite.
Everton – Classe e desequilibrador, mas a equipa não deu sequência aos lances.
Chiquinho – Refrescou.
Gonçalo Ramos – Sem tempo.
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