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José Mourinho desvaloriza duelo com Guardiola

"Não vou fazer parte disso", afirmou o português.

05 de julho de 2016 às 16:26

Recaiu em José Mourinho a responsabilidade de voltar a conduzir o Manchester United à glória. O special one assume o desafio no comando técnico dos red devils e falou sobre o particular duelo com Pep Guardiola, que terá um novo capítulo depois daquele que ocorreu em Espanha. 

"Uma coisa é estar numa competição como a de Espanha, em que é uma corrida de dois cavalos, ou em Itália, de três equipas. Mas na liga inglesa não faz nenhum sentido. Se nos focarmos em uma equipa e um adversário, os outros riem-se, e não vou fazer parte disso. Sou o treinador do Manchester United, com respeito por todos os outros clubes", explicou o português, durante a conferência de imprensa que decorreu esta terça-feira.

Olhando para o plantel que terá à disposição, Mou não esconde que pretende ter uma equipa equilibrada. "Sou um treinador que gosta de especialistas e não tanto jogadores multifuncionais. Sou muito claro no meu modelo de jogo e preciso de especialistas. Apontámos a quatro alvos, até termos o quarto vamos continuar a trabalhar duro", afirmou.

Em relação a um dos maiores símbolos na atualidade do United, o internacional Wayne Rooney, Mourinho reconheceu que os jogadores mudam ao longo dos anos, face à idade, mas que o que nunca muda "é o apetite natural para fazer golos".

"Talvez ele não seja mais um avançado, ou um 9, mas nunca será um 6, a jogar 50 metros da baliza. Ele será um 9, um 10, um 9 e meio, mas nunca um 6 ou um 8", apontou.

"Alex Ferguson disse-me para trazer um chapéu-de-chuva"

A relação de amizade de Mourinho com Alex Ferguson, desde os tempos do português no Chelsea, sempre foi conhecida, e hoje o técnico não deixou de falar nos conselhos do histórico antigo treinador dos 'red devils'.

"Disse-me para trazer um chapéu-de-chuva! Ontem não queria acreditar que estava a chover no treino, foi um grande conselho. O segundo foi que trouxesse a minha tradicional garrafa de vinho porque vamos ter a oportunidade de estar muito tempo juntos", contou.

Em relação à saída de Ryan Giggs, o treinador disse não ser culpa sua que o clube tenha entendido dar-lhe o trabalho que o galês desejava: "Ryan desejava ser o treinador, como em 2000 também o desejei".

"Há um momento em que temos de tomar uma decisão e Ryan tomou a sua. Ele podia ser o que quisesse no clube, mas tomou a decisão em que temos de ser corajosos", salientou Mourinho, em relação também ao facto de o ex-jogador não querer ser um adjunto.

Mourinho também rejeitou a ideia de que é um treinador que não aposta nos jogadores da formação, afirmando que ao longo da sua carreira promoveu 49 jogadores das 'escolas' dos clubes em que esteve, muitos dos quais são atualmente internacionais

Na época passada Mourinho foi despedido do Chelsea, que defendia o título de campeão conquistado na temporada anterior sob comando do português.

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