O Dortmund foi melhor e mereceu a vitória, mas o Sporting mostrou cara bem diferente daquela que evidenciou na estreia com o Ajax.
Foi mais uma derrota é certo, mas o segundo jogo do Sporting na edição deste ano da Champions, em Dortmund, foi bem diferente da estreia. O leão sai da Alemanha com um golo sofrido, mas motivado para inverter os maus resultados já no próximo jogo com o Besiktas.
Ao contrário do duelo com os holandeses do Ajax, o leão não cometeu erros logo a abrir e isso deu confiança, pelo menos até aos trinta minutos.
Com Matheus Reis no lugar de Vinagre e Tiago Tomás em vez de Nuno Santos, a equipa de Rúben Amorim equilibrou o jogo com o poderoso conjunto alemão, que não contou com a estrela Haaland (lesionado). Não teve grandes chances é um facto, mas também não permitiu perigo junto da sua baliza.
Mas à passagem da meia hora, a formação da casa aumentou a velocidade, passou a jogar entre linhas e levou o pânico à defesa leonina. Bellingham e Malen foram autênticas dores de cabeça para Coates e companhia. E foi esta dupla a fabricar o 1-0, numa jogada simples, bem desenhada e tremendamente eficaz. O inglês surgiu entre linhas e assistiu o avançado (apareceu a fazer de Haaland), que num remate colocado atirou sem hipóteses para Adán.
A partir daí, o Borussia comandou como quis o rumo dos acontecimentos. Teve mais posse de bola e sempre que arrancava fazia tremer a defesa do Sporting, que ainda assim respondeu de forma quase sempre positiva.
Na segunda parte, a formação alemã controlou as operações, com o Sporting quase sempre atrás da linha da bola. A equipa portuguesa foi sempre compacta e muito solidária na hora de defender. O Borussia Dortmund, com Reus na batuta, tentava encontrar formas de chegar à baliza leonina, mas das duas vezes que o conseguiu o árbitro assinalou (e bem) fora de jogo. Amorim mexeu perto do final, mas não foi suficiente. O capitão Coates ainda fez de avançado perto dos noventa minutos, mas sem nunca provocar qualquer dano efetivo ao conjunto germânico.
Segue-se o Besiktas, na Turquia, na terceira jornada do Grupo C, a 19 de outubro. Um jogo muito importante para os leões que, em caso de vitória, continuarão com o sonho de estar nos oitavos de final da prova, depois dos dois desaires nos dois primeiros jogos.
Rúben Amorim: "faltou-nos experiência"
"Penso que merecíamos outro resultado. Poderíamos ter marcado no início. Trabalhámos muito e faltou-nos experiência nesta prova. Sabemos que temos muito para aprender. Olhando para as equipas portuguesas, sobretudo para o Sporting, ninguém vai contente para casa. Queremos mais, mas parabéns aos jogadores pelo grande jogo que fizeram", disse esta terça-feira Rúben Amorim, treinador do Sporting.
Análise ao jogo
Positivo: Leão sai orgulhoso
O Sporting não teve grandes chances para levar outro resultado de Dortmund. Mas mostrou que tem mais qualidade do que aquela evidenciada com o Ajax. Uma derrota que dá motivação extra para o Besiktas.
Negativo: Espanhol desaparecido
Sarabia tem qualidade e também experiência de Champions, mas nem isso o fez sobressair perante os defesas germânicos. O Sporting precisava mais dos seus desequilíbrios. Jovane entrou para o seu lugar mas não trouxe melhorias.
Arbitragem: Sem problemas
Boas análises e quase sempre sem erros. O Dortmund teve três golos anulados e todos os lances foram bem ajuizados, quer pelos auxiliares, quer pelo VAR. Em termos disciplinares não teve problemas com os cartões, bem mostrados.
Análise aos jogadores
Matheus Nunes -Impediu que os leões fossem ainda mais ‘abafados’ pelos alemães e foi dos poucos com algum critério na saída para o ataque. Em Dortmund, o Sporting foi ele e mais dez.
Adán – Foi testado poucas vezes. Boa saída aos 18’ a evitar um golo de Reus.
Luís Neto – Nenhum erro comprometedor. Eficaz, com os colegas de setor, a pôr os adversários fora de jogo.
Coates – Um par de intervenções atabalhoadas e deixou Malen fugir no golo. Mas compensou com três cortes decisivos aos 45+2’, 50’ e 64’. Tentou o golo de bicicleta e teve um cabeceamento perigoso a acabar o jogo.
Feddal – Certinho, mas não é o mesmo da época passada.
Porro – Noite difícil, em que passou mais tempo a defender, quando é no ataque que se destaca mais.
Palhinha – Witsel e Brandt foram adversários de respeito. Não teve a influência que demonstra na liga portuguesa.
Matheus Reis – Vinagre tem estado mal, mas o brasileiro não é melhor solução.
Sarabia – O talento está lá, mas tarda em mostrá-lo em prol da equipa. As missões defensivas impostas pelo 4X5X1 não ajudaram.
Tiago Tomás – Ainda ameaçou aos 22’ e rematou ao lado aos 37’. Curto.
Paulinho – Criou um lance de perigo aos 22’ e teve um cabeceamento aos 54’. Pouco.
Nuno Santos – Não acrescentou nada à equipa.
Jovane – Desta vez, não influenciou a partir do banco.
Daniel Bragança – Entrou tarde.
Tabata – Nada a registar.
Esgaio – Sem influência.
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