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“Que grande tragédia para estes pais”: País presta homenagem a Diogo Jota e André Silva

País prestou ontem sentida homenagem aos irmãos Diogo Jota e André Silva. O funeral realiza-se esta manhã. Mas não será o último adeus. Diogo e André ficarão para sempre no coração de todos.

05 de julho de 2025 às 01:30
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Portugal e o mundo do futebol em lágrimas: Diogo Jota deixa um percurso de conquistas dentro e fora de campo

CMTV

Uma família abraçada na dor, em pranto, em torno da mãe de Diogo Jota e André Silva, ao início da manhã, à porta da capela da Ressurreição, em Gondomar. Alberto, avô materno de ambos, não conseguia conter a comoção. “Isto é um roubo”, desabafou, em desespero. A primeira hora de velório, junto das urnas, foi apenas para os familiares mais próximos. Um grito cortante de enorme sofrimento, dentro da capela, foi ouvido no exterior.

Ainda antes de começarem a chegar inúmeras coroas de flores brancas - incluindo do FC Porto -, o agente Jorge Mendes entrou, pelas 10h55, para acompanhar a família ao longo de todo o dia. Cinco minutos depois, chegava o primeiro-ministro, Luís Montenegro, que esteve junto dos mais próximos de Jota e André. Saiu em silêncio, 27 minutos depois. Os poucos que por ali passavam - os acessos à capela e à igreja estavam restritos - não deixavam de demonstrar solidariedade para com a família devastada.

“Meu Deus, que tragédia para estes pais”, comentou uma idosa a caminho do cemitério. Depois veio Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Proença, André Villas-Boas, treinadores, jogadores de vários emblemas e gente, muita gente anónima, aguardando a sua vez para entrar na capela. Uns com coroas, outros com ramos de flores, cachecóis, bandeiras, camisolas, corações.

Diogo Jota e André Silva perderam a vida quinta-feira de madrugada, em Espanha, ao volante de um Lamborghini, que se despistou ao quilómetro 65 da A-52, na zona de Zamora. Encontraram a morte a caminho de Inglaterra, mas é difícil, para familiares, amigos, conhecidos, anónimos, ganhar essa consciência. Sofre-se a perda em silêncio, de lágrimas no rosto, em angústia. “Como é possível? Como foi possível?”.

Perguntas sem resposta que vão perdurar na memória de todos, amantes ou não do futebol. Duas vidas que se perderam na flor da idade. Não faz sentido. “Deve haver um propósito maior, mas eu não consigo vê-lo”, disse Jurgen Klopp, que treinou Diogo Jota no Liverpool. Sim, deve haver um propósito, mas na sexta-feira, em Gondomar, em Portugal, no Mundo inteiro, ninguém o conseguiu ver.

Liverpool comitiva

Uma comitiva do Liverpool chegou em peso à Capela da Ressurreição, em Gondomar, pelas 17h30 de sexta-feira: Billy Hogan, CEO dos ingleses, seguido do dono, Michael Edwards, e do diretor-desportivo, Richard Hughes, assim como restantes elementos dos reds. Hoje deverão participar nas cerimónias fúnebres.

Cerimónias fúnebres

A missa de corpo presente será celebrada pelas 10h00 desta manhã, na Capela da Ressurreição, pelo bispo do Porto, D. Manuel Linda.

Pote e Salvador

Após o encerramento da Capela da Ressurreição ao público em geral, chegaram ao local outras figuras do futebol português, como o presidente do Sp. Braga, António Salvador, e o jogador do Sporting Pedro Gonçalves.

Sandra Madureira no velório 

Sandra Madureira, mulher de ‘Macaco’, o ex-chefe da claque dos Super Dragões, que se encontra em prisão preventiva, marcou presença na homenagem a Diogo Jota e André Silva. A mulher de Fernando Madureira, também ela arguida no processo ‘Operação Pretoriano’, esteve na Capela da Ressurreição durante cerca de 30 minutos. A sentença do caso será conhecida já no próximo dia 31 de julho. O Ministério Público pede penas superiores a cinco anos para ambos os membros do casal. Os seis arguidos estão acusados de 19 crimes, entre os quais coação e ameaça agravada.  

Bernardo Silva marca presença

Bernardo Silva, companheiro de Seleção de Diogo Jota e jogador do Manchester City e internacional português, chegou ao velório no fim da tarde. Foi das últimas caras conhecidas a marcar presença na Capela da Ressurreição. Pouco depois, pelas 19h30, as portas da capela encerraram. José Fonte, Adrien Silva, Fabinho, Thiago Alcântara, André Silva, Diogo Dalot e Jota Silva foram outros jogadores que se deslocaram a Gondomar para uma última homenagem a Diogo Jota, assim como vários treinadores, como Vasco Seabra.  

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