Capitão coloca ponto final no jejum de golos (a valer) com a camisola das quinas. Está a seis finalizações do recorde de Ali Daei.
Cristiano Ronaldo regressou aos golos na vitória frente ao Luxemburgo e colocou um ponto final no jejum de quatro jogos sem marcar na Seleção: na verdade foram três. Mas na Sérvia foi o que se sabe. De resto, na finalização desta terça-feira, ficam muitas dúvidas se CR7 não estaria em fora de jogo. Não existe um plano televisivo que dissipe dúvidas. Mas, como a UEFA lhe devia um golo por conta do episódio de Belgrado, ninguém se chateou.
Desta forma, Ronaldo ampliou para 103 a coleção de golos na Seleção e está a seis do recorde do iraniano Ali Daei. Poderia o português estar mais próximo, não tivesse sido tão perdulário no jogo desta terça-feira, pelo menos em duas ou três ocasiões.
Tal como aconteceu nas duas partidas anteriores de apuramento para o Mundial, Portugal não ofereceu uma boa exibição. Até ao intervalo, o melhor português em campo foi… Gerson Rodrigues. Natural do Pragal, concelho de Almada, o jogador de 25 anos naturalizado luxemburguês e a jogar no Dínamo Kiev mereceu amplamente o prémio de fazer um golo à seleção do País que o viu nascer. Não se pode falar em traição, mas antes em castigo aplicado a uma equipa lusa que jogava com enorme défice de intensidade e, em alguns momentos, até com desleixo.
O primeiro remate de Portugal surgiu apenas aos 24 minutos. Pouco depois, aos 30 , o Luxemburgo, que além de Gerson Rodrigues abriga ainda mais uns quantos jogadores de apelido português, chegou ao golo. Fernando Santos, junto à linha, esticou o pescoço uma vez mais, no seu tique característico.
Portugal finalmente acordou. Subiu linhas e chegou ao empate nos descontos da primeira parte, por Diogo Jota, de cabeça, após cruzamento de Pedro Neto, que entretanto rendera o lesionado João Félix.
Na segunda parte, a equipa lusa manteve a pressão e conseguiu a reviravolta por Ronaldo. Mas após o 2-1 voltou a desligar. Deixou o Luxemburgo ter novamente bola e só voltou a pegar nas rédeas do jogo quando Palhinha entrou para ganhar duelos no meio-campo. E também para marcar o terceiro golo, coroando exemplarmente o seu terceiro jogo pela primeira equipa do País.
"30 minutos a jogar uma peladinha"
"Jogámos a passo. Andámos 30 minutos a jogar uma peladinha, nada de intensidade nos dois lados do campo. Na segunda parte metemos intensidade e paixão no jogo. Estão de parabéns por aquilo que fizeram em 60 minutos", disse Fernando Santos,
que justificou a má entrada com os jogos de 72 em 72 horas: "Não é fácil."
"Equipa teve uma boa reação ao golo"
"O míster pediu-me para saber o que sei fazer bem, dar dinâmica ao jogo. A equipa teve uma boa reação depois do golo. Todos os jogos são importantes. Mostramos isso sempre que jogamos", salientou o médio do Lille Renato Sanches.
Análise ao jogo
Positivo: Gerson Rodrigues
"Gerson está cada vez melhor é e um perigo constante para a defesa contrária." O aviso foi dado pelo selecionador luxemburguês antes do jogo. Não foi levado a sério. O jovem do Pragal deu uma trabalheira.
Negativo: Apagões lusos
Durante boa parte do primeiro tempo e mesmo em alguns momentos do segundo, Portugal teve inexplicáveis apagões. Qual a razão de se dar tanto espaço ao adversário para criar?
Arbitragem: Penálti por marcar
Dúvidas no lance do golo de Ronaldo (possível fora de jogo) e uma certeza: há penálti sobre Renato Sanches aos 30 minutos. Após um remate à baliza do Luxemburgo, foi virado ao contrário por um defesa da seleção da casa.
Análise aos jogadores
Renato Sanches - Foi o mais inconformado no primeiro tempo com dois remates perigosos. Depois teve fulgor e pulmão para esticar o jogo português.
Anthony Lopes – Sem culpa no golo do Luxemburgo, só por uma vez teve de se aplicar.
João Cancelo – Péssimos primeiros 30 minutos. Passes falhados e muito desacerto. Depois melhorou e acabou por assistir Ronaldo no 2-1.
José Fonte – Não estava a marcar Rodrigues no 0-1, mas a bola passou muito perto. Ainda assim sem problemas.
Rúben Dias – A voz de comando da defesa fez-se ouvir. Seguro e quase sempre intransponível.
Nuno Mendes – Apesar do cruzamento do golo luxemburguês ter surgido do seu raio de ação, esteve bem. Grande jogada aos 52’. A ganhar espaço, agora na Seleção, e com apenas 18 anos.
Rúben Neves – Obrigado muitas vezes dobrar os centrais. Numa delas, no 0-1, não conseguiu evitar o golo. Andou perdido em alguns momentos do jogo.
Bernardo Silva – Andou desaparecido grande parte do tempo e o jogo de Portugal ressentiu-se disso.
Diogo Jota – Estava a passar totalmente ao lado do jogo quando do nada fez o empate num cabeceamento fulgurante. De novo de cabeça atirou à barra. Parece que adivinha sempre onde a bola vai cair.
João Félix – Saiu lesionado ainda no primeiro tempo. Mas mesmo nessa altura já estava a mais em campo. Fraco.
Ronaldo – Depois de mais 50 minutos muito apagados, o capitão renasceu com o golo da vitória, o 103 na Seleção. Falhou o bis de forma incrível.
Pedro Neto – Entrou antes do intervalo e quase na primeira vez que tocou na bola colocou na cabeça vitoriosa de Diogo Jota. Desequilibrador, marcou o canto do 3-1.
Palhinha – Veio tranquilizar o meio-campo. Fechou a vitória num cabeceamento sem hipóteses, após canto.
Rafa – Algumas arrancadas e pouco mais.
Sérgio Oliveira – Entrou para refrescar.
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