Treinador do Manchester United acrescenta ainda que CR7 nunca lhe disse que queria sair.
Menos de um mês depois de Cristiano Ronaldo e o Manchester United terem rescindido contrato, Erik ten Hag, o treinador dos red devils que foi visado na polémica entrevista que o português deu ao jornalista Piers Morgan, voltou a abordar a saída de CR7 de Old Trafford e deu a entender que se sente atraiçoado.
"No verão tivemos uma conversa. Ele veio ter comigo e disse 'vou dizer-te em sete dias se fico ou vou embora'. Depois voltou e disse 'quero ficar'. Até àquele momento [da entrevista com Piers Morgan] não ouvi mais nada. Ele nunca me disse 'quero sair'", explicou o treinador holandês numa longa conversa com os jornalistas que acompanham o estágio que os red devils estão a realizar no sul de Espanha.
"Penso que o clube não pode aceitar aquela entrevista. Tinha de haver consequências. Para dar aquele passo ele sabia quais seriam as consequências. Vi a maior parte, não a totalidade. Penso que ficou claro depois disto que ele queria ir embora."
Ten Hag, o diretor executivo Richard Arnold e o diretor para o futebol, John Murtough, decidiram rasgar o contrato de CR7 seis dias depois da entrevista. "Nem foi preciso discutir o assunto. Foi claro. Penso que o clube só pode ser bem-sucedido se todas as pessoas que tomam decisões estiverem em sintonia e se apoiarem mutuamente."
Ronaldo acusou Ten Hag de não o respeitar, depois de o mandar entrar no jogo com o Tottenham, a três minutos do fim. O avançado recusou-se a jogar e saiu do campo antes do final do encontro. Mais tarde, no último jogo que CR7 fez pelo Manchester United, deu-lhe a braçadeira de capitão.
Será que o holandês consegue perdoar Ronaldo? "Não quero falar disso. Mas estou disponível para falar com ele, por que não? Fiz tudo de forma honesta, aberta e transparente. Tivemos até conversas sobre a minha visão do jogo, por isso não tenho problemas em falar com ele. Não que tenha algo em particular para lhe dizer..."
Ten Hag garante que não queria ver Ronaldo pelas costas. "Desde o primeiro momento quis que ele ficasse, mas ele queria ir embora. Quando um jogador não quer estar no clube, então tem de sair, isso é óbvio. Pretendíamos um novo futuro para o Manchester United e ele não queria fazer parte dele. Seguimos em frente. Estamos num processo. O Ronaldo fez parte dele, mas escolheu seguir por outro caminho. Eu preferia que as coisas tivessem corrido de outra forma, mas ele escolheu assim. Fiz de tudo para o trazer para a equipa, porque dou valor à sua qualidade. Queríamos que ele fizesse parte do nosso projeto e ajudasse o Manchester United porque ele é um jogador fantástico. Tem um grande historial, mas isso é passado e nós temos de olhar para o futuro. Não perco muita energia com isso."
O treinador explicou que o craque português, que falhou a pré-época devido à doença da filha, não estava na melhor forma. "Na última época marcou 24 golos, não foi? E de que precisa esta equipa? Precisamos de golos. Quando está em boa forma ele é um bom jogador e podia ajudar-nos a alcançar os objetivos a que nos propusemos. Mas ele não estava em boa forma."
E prosseguiu: "Se um jogador não corresponde, tenho de fazer escolhas. Tenho de escolher a melhor equipa, são decisões que tenho de tomar, independentemente de quem seja."
Ten Hag rejeitou a ideia de que o Manchester United, tal como a seleção de Portugal, jogue melhor sem Ronaldo. "Não, eu gosto de trabalhar com jogadores de topo. Sei que eles podem fazer a diferença, por isso é que todos queremos ter estes jogadores no nosso balneário. Mas nunca estivemos em sintonia e depois aconteceu o que aconteceu."
Os primeiros excertos da entrevista de Ronaldo a Piers Morgan foram divulgados pouco depois de o Manchester United ter derrotado o Fulham e 'roubou' o mediatismo do bom momento que a equipa atravessava. "Temos de lidar com isso. Nunca como treinador perdi tempo com assuntos que não consigo influenciar. Por isso temos de seguir na direção certa e foi o que tentei fazer. Manter o foco e não me distrair. Sei que os assuntos do Cristiano distraem todo o Mundo, mas não penso que o balneário se tenha deixado afetar. Eles sabem qual é a importância dos bons desempenhos."
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