A edição de hoje
Treinador foi dar treino, segunda-feira de manhã, e chegou ao Olival protegido por duas equipas de segurança.
Vítor Bruno regressou na segunda-feira ao trabalho sob fortes medidas de proteção. No rescaldo da derrota que ditou o afastamento da Taça de Portugal, o treinador da equipa do FC Porto chegou muito cedo ao centro de treinos do Olival. Às 08h28 cruzou o portão de entrada no seu carro, surgindo logo atrás dois veículos de segurança privada, um deles descaracterizado e o segundo com letras e logótipo da empresa contratada pelo clube.
O reforço das medidas de segurança de proteção a Vítor Bruno surge na sequência dos incidentes de domingo à noite, junto à garagem do Estádio do Dragão, na chegada da equipa que viajou desde Moreira de Cónegos. Num ambiente de altíssima tensão (chegaram a ser atirados petardos ao autocarro), elementos da claque insultaram jogadores e pediram a demissão de Vítor Bruno. Mais tarde, o presidente Villas-Boas deu a cara, falou com os adeptos e o ambiente ficou mais sereno, permitindo a saída de técnicos e atletas nos seus carros, sem novos incidentes.
Vítor Bruno dirigiu o treino matinal de segunda-feira, e depois esteve reunido com André Villas-Boas (chegou ao Olival a meio da manhã), Andoni Zubizarreta (diretor-desportivo) e Jorge Costa (diretor para o futebol). O momento de crise no futebol esteve em análise, mas também a situação do treinador. Que, segundo apurou o CM, tem o lugar em perigo. Tal como o CM já dera conta logo após a derrota do FC Porto com o Benfica, a posição de Vítor Bruno ficou muito fragilizada.
Os jogos seguintes à humilhação no Estádio da Luz passaram a ser determinantes para a continuidade do técnico. Uma das vidas, passe a expressão, de Vítor Bruno acabou por ser usada no jogo com o Moreirense. O encontro seguinte, na próxima quinta-feira, com o Anderlecht (Liga Europa), assume agora ainda maior importância. O CM apurou que, em caso de novo desaire, Vítor Bruno muito dificilmente continuará a ser treinador do FC Porto.
Villas-Boas acabou por abandonar o Olival um pouco antes das 14h30 (sem parar a sua viatura e, por isso, naturalmente, sem prestar declarações), bem depois da saída dos jogadores. No Olival ficaram os outros dois dirigentes, tal como o treinador. O CM sabe que o presidente tem esperança numa boa resposta da equipa na Bélgica. Mas a margem do treinador é nula.
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