Principal Campeonato do Mundo de automobilismo vai regressar às pistas nacionais em 2027.
Portugal já está na história da Fórmula 1 como palco da primeira vitória do mítico piloto brasileiro Ayrton Senna, em 1985, mas também com o recorde de vitórias de Lewis Hamilton, há cinco anos.
O principal Campeonato do Mundo de automobilismo vai regressar às pistas nacionais em 2027, para uma primeira de duas passagens já confirmadas, após acordo esta terça-feira anunciado do Governo com os promotores da competição.
Em 2020, depois de uma ausência de 24 anos, o Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, tornou-se no quarto palco diferente a acolher o Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, depois de Boavista, Monsanto e Estoril terem recebido a competição nas 16 edições anteriores.
Dessa vez, a pandemia de covid-19 obrigou a uma reformulação do calendário e Portugal entrou como alternativa, que este ano ganhou força devido às opiniões favoráveis dos pilotos.
O circuito citadino da Boavista, no Porto, foi o primeiro palco português da Fórmula 1, em 1958. Em 14 de agosto desse ano, o britânico Stirling Moss (Vanwall) foi o primeiro vencedor do Grande Prémio Portugal.
Um ano depois, Moss repetiu o triunfo, mas então no circuito de Monsanto, em Lisboa.
A prova regressaria à Boavista em 1960, com a vitória a sorrir ao australiano Jack Brabham (Cooper-Climax).
Mas já desde 1950 que se realizavam corridas na Boavista (de 1950 a 1953) e em Monsanto (1954 e 1957), que atraíam grandes nomes do automobilismo mundial, como os argentinos José Froilán González ou Juan Manuel Fangio, apesar de não integrarem o então novo campeonato de Fórmula 1, criado no início da década.
A partir de 1960, a Fórmula 1 deixou de passar por Portugal, mas ainda houve corridas de automóveis em 1964, 1965 e 1966, em Cascais.
O Grande Circo regressa em 1984, já no Autódromo do Estoril, em Cascais, onde se manteve até ao dia 22 de setembro de 1996.
Nessa ocasião, o canadiano Jacques Villeneuve (Williams) venceu a corrida de despedida do circuito cascalense, deixando o seu companheiro de equipa, o britânico Damon Hill, na segunda posição. O alemão Michael Schumacher (Benetton) completou o pódio, mas viria a perder o título nesse ano para Hill.
Entre os marcos que ligaram o Grande Prémio de Portugal à história da modalidade, destaque para o ano de 1985, em que se assistiu ao primeiro dos 41 triunfos do brasileiro Ayrton Senna (Lotus) no campeonato.
O Estoril foi também o palco da última vitória do britânico Nigel Mansell (Williams) na competição.
O francês Alain Prost e Mansell são os pilotos com mais triunfos na prova portuguesa, três, seguidos de Stirling Moss e de Hamilton, com dois, cada.
A primeira vitória do britânico em Portugal, em 25 de outubro de 2020, a partir da 'pole position', ao volante de um monolugar Mercedes, valeu ao agora sete vezes campeão do mundo a 92.ª vitória e o estatuto de mais vitorioso de sempre, relegando para o segundo lugar o alemão Michael Schumacher, que tem 91.
Hamilton, atualmente na Ferrari, soma 105 vitórias, depois de ter ficado em branco na temporada de 2025, a primeira aos na escuderia do 'cavallino rampante'.
Jack Brabham, Ayrton Senna, o austríaco Gerhard Berger, o italiano Riccardo Patrese, Michael Schumacher, Damon Hill, Jacques Villeneuve e o britânico David Coulthard foram os restantes vencedores em Portugal.
Apesar de quatro pilotos portugueses terem passado pela Fórmula 1, apenas dois disputaram o Grande Prémio de Portugal: Nicha Cabral, em 1959, ano em que terminou na 10.ª posição, e 1960 (abandono por acidente), e Pedro Lamy, na década de 1990.
Lamy correu sempre no Estoril, abandonando em 1993 (com um Lotus). Em 1994 não alinhou, tendo falhado 12 das 16 provas da temporada, por lesão. Voltou em 1995, para voltar a desistir da corrida.
Em 1996, último ano da prova em solo nacional, Lamy foi 16.º com um Minardi, um dos piores carros do pelotão.
Em 1991, Pedro Matos Chaves já tentara disputar a prova lusa mas, tal como aconteceu nas 12 corridas anteriores, não conseguiu qualificar-se no frágil Coloni, colocando, assim, um ponto final na sua participação no campeonato.
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