Na intimidade chamam Bunny – coelhinho - à mulher que marca o corpo com tatuagens para celebrar paixões terríveis. À vida da actriz, a única com perfil para fazer de Lara Croft no cinema, ninguém fica indiferente. Nem a própria.
Nasceu a 4 de Junho de 1975, em Los Angeles, filha de Jon Voight, o actor de ‘O cowboy da meia-noite’ e anos depois pediria em tribunal para cortar da maneira possível a ascedência: não queria o sobrenome do progenitor na carta de condução. Dormiu com facas quando não tinha idade para descascar uma cebola e arranjou ‘marido’ aos 14 anos, com quem vivia na casa onde dormia a mãe, a actriz Mircheline Bertrand. Ganhou um Óscar pela sua interpretação em ’Vidas Interrompidas’ e, ainda, ‘and the winner is...’ pairava no ar, já beijava na boca o irmão. Teve um casamento com Billy Bob Thornton tão apaixonadamente tumultuoso ao ponto de trazer ao pescoço um colar com um reservatório do sangue dele e tatuar no corpo o nome... dele, que tirou a laser quando a relação acabou e ficou com um filho adoptivo cambojano. É coleccionadora de homens, activa sexualmente – aquilo a que se chama de ‘atiradiça’ – e sem preocupações pela imagem, a perdição do sexo oposto confessou ser bissexual. É embaixadora das Nações Unidas e viaja pelo mundo pobre. Angelina Jolie regressa este Verão com a parte II do filme com heroína que melhor lhe assenta: Lara Croft. Só ela podia recuperar a Caixa de Pandora que, segundo o mito, encerra todos os males do mundo.
OSCAR E GLÓRIA
“Olhem para a sua lindíssima face e vejam toda a inteligência e paixão que ela tem. Ela é absolutamente extraordinária!” A frase é do pai mal amado com quem estreou no cinema aos cinco anos, num filme obscuro. Seis anos depois estava no Lee Strasberg Theatre Institute e, aos 16, conseguia os seus primeiros trabalhos como modelo profissional. É nessa altura que aparece em ‘videoclips’ de Meat Loaf, Lemonheads, Lenny Cravitz e Rolling Stones. Em Nova Iorque estuda o ofício que a havia de tornar célebre e, de volta à cidade onde nasceu, Los Angeles, ingressa numa companhia – Met Theatre Group – com gente como Ed Harris ou Holly Hunter. Em 1992 interpreta um híbrido mulher-máquina em ‘Cyborg II, Glass Shadows’. Seguem-se filmes que não contam para a história, até que no telefilme ‘George Wallace’ (1997) ganha um Globo de Ouro para a Melhor Actriz Secundária e é nomeada para um Emmy. Esta boa figura e ainda melhores críticas surgem em 1998, quando interpreta Gia Cavangi, a modelo seropositiva, em ‘Gia’. Nunca mais parou: ‘Entre Estranhos e Amantes’, ‘Tudo sob Controlo’ (onde se apaixona por Billy Bob Thornton), ’O coleccionador de ossos’ e ‘Vidas Interrompidas’, onde o papel de paciente desequilibrada lhe rende o Globo de Ouro e o Óscar de Melhor Actriz Secundária e a consagração definitiva.
A CASTIDADE, MAIS OU MENOS
“Não tenho saído com ninguém. Não tenho sexo há mais de um ano. Coitada da próxima pessoa”, disse. Mas a vida casta não combina com Angelina. Depois do conturbado (no mínimo) casamento com Thornton, que tem mais vinte anos que ela, encetou uma vida mais recatada: tinha um filho para criar de nome Maddox. Mas é óbvio que há sempre o senhor que se segue. Neste caso é Nicholas Cage (com quem contracenou em ‘60 Segun-dos’) se não tivermos em linha de conta o facto de ter sido romanticamente apanhada com Kiefer Sutherland, no Canadá, onde ambos estão em filmagens. Mas a levar a sério as palavras da estrela, depois do nó com Bob – que a levou a ter uma perspectiva ácida da vida a dois – não tenciona casar, nem com o caso do presente, nem com os senhores que podem e que certamente se seguirão. Também, Angelina já vai na segunda aliança. O primeiro casamento tinha sido com John Lee Miller, com quem reatou relações após o ‘stressante’ Bob. Aliás, para quem proclama que “o pensamento de que podes morrer amanhã liberta-nos para a vida.”, não será de estranhar que já tenha debitado para um papel dez coisas que gostaria de fazer antes do funeral. Uma delas é dizer a Miller que o ama.
O DIÁRIO DA MISÉRIA
Por debaixo do fato de Lara Croft, Angelina tem inúmeras tatuagens. Além da dedicada a Billy Bob, que tirou a laser, tem um ‘h’, uma espécie de ‘dois em um’ que honra o irmão, James Haven, e o actor e ex-namorado Timothy Hutton. E ainda o símbolo japonês da morte, dois elementos da cultura índia americana, um dragão, uma cruz preta e uma citação do escritor Tennesse Williams.
Depois da busca pela caixa de Pandora, na sequela de Lara Croft; “O Berço de Ouro”, que se estreou em Portugal, seguem-se o romance épico ‘Beyond Borders’, de Martin Campbell, ‘The World of Tomorrow’, com Jude Law e Gwyneth Paltrow. Nos dias que correm filma com Ethan Hawke e Kiefer Sutherland ‘Taking Lives’ e dá voz a uma personagem do novo filme da realizadora de ‘Shrek’.
O seu lado de ‘boa-vontade’ fê-la escrever (já agora, Jolie é canhota) o diário das suas deambulações pelo Cambodja, Serra Leoa, Tanzânia, entre outros países. São estes escritos que serão publicados em livro no próximo Outono.
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