Pode mesmo vir a ser primeiro-ministro. Não é uma boa perspetiva nem para o seu país nem para ele.
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Sofro de uma deficiência genética: o poder não me atrai. É por isso que não entendo a trajetória de Boris Johnson. Conheci-o, se assim se pode dizer, na década de 1990, em ‘Have I Got News for You’, um dos mais geniais programas da BBC. Uma das estrelas era um jovem de cabelo loiro, chamado Boris Johnson. Irreverente, culto e disparatado fazia as minhas delícias.
Vinha de Eton, de Oxford e de Bruxelas, onde, durante 15 anos, foi o correspondente do ‘The Daily Telegraph’. Em 2001, seria eleito deputado pelo Partido Conservador e, em 2008, tomava posse do difícil lugar de presidente da Câmara de Londres, uma cidade tida como de esquerda. Não só organizou os mais interessantes Jogos Olímpicos do planeta, como foi reeleito em 2012. Boris conseguiu aliar um temperamento rebelde à capacidade de concretizar empreendimentos difíceis.
A certa altura, descarrilou. Eis o que, em 1997, afirmou sobre a União Europeia: "No fundo, sou pró-europeu porque quero viver num local onde possa comer um croissant fresquinho, beber um café delicioso, aprender línguas diferentes e ir para a cama com mulheres estrangeiras."
De repente, mudou de rumo: hoje, é o Brexiteer em chefe. Claro que Boris não é o equivalente de Trump. Aos seus estudos clássicos, acrescentou um humor imbatível. A um jornalista do ‘Independent’ que, em 2005, o interrogou sobre a candidatura de David Cameron a líder do Partido Conservador, disse: "Apoio a sua campanha por motivos puramente egoístas e cínicos."
Lida hoje, a sua afirmação mais interessante é contudo: "As minhas chances de ser primeiro-ministro são mais ou menos as mesmas do que as de me encontrar com Elvis em Marte ou a de reincarnar como uma azeitona."
Há dias, obteve 114 votos de entre os 313 deputados conservadores, ou seja, pode mesmo vir a ser primeiro-ministro. Não é uma boa perspetiva nem para o seu país nem para ele. Boris não gosta de fazer trabalhos de casa. Ora, ser primeiro-ministro não é brincadeira. Boris tem navegado entre a irreverência jornalística e a vida política sem ter desvirtuado a sua personalidade.
O facto de, há dias, ter cortado o cabelo é um péssimo sinal.
BAILADO
Parabéns ao ‘nosso’ Billy Elliot
Marcelino Sambé, filho de mãe portuguesa e pai guineense, acaba de ser promovido a bailarino principal do Royal Ballet. Temos de lhe dar parabéns, a ele, mas também à psicóloga, que lhe aconselhou o Conservatório, e aos pais. A propósito, vejam o comovente ‘Billy Elliot’ sobre um menino que desejava ser bailarino.
DISCURSO 1
Por um país mais justo e mais meritocrático
João Miguel Tavares fez um ótimo discurso no 10 de junho. Em vez de se refugiar na retórica balofa do patriotismo, falou-nos do seu percurso e da necessidade de criarmos todos, elites e povo, um país mais justo e mais meritocrático. Pelo meio, louvou a escola pública, que lhe permitiu estar ali a falar para todos nós.
DISCURSO 2
Apoio suplementar para o sucesso escolar
João Miguel Tavares fez outro bom discurso em Cabo Verde. Há quem o tenha criticado por ter defendido o crioulo nas escolas. Mas o que afirmou foi que as escolas maioritariamente frequentadas por crianças cabo-verdianas deveriam dispor de um apoio suplementar para que os miúdos pudessem ter sucesso escolar.
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