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Artigo exclusivo

Tom Stoppard: ligeiro, intenso, cómico, sério, eloquente – o maior

Stoppard (1937-2025) encheu os palcos com humor, intuição, inteligência e algum existencialismo.

07 de dezembro de 2025 às 00:30

O castelo de Elsinore é o palco de ‘Hamlet’, de William Shakespeare. O príncipe Hamlet é o filho do rei que viu o trono ser tomado pelo tio Claudius (irmão do rei que ele terá assassinado, e marido da viúva, Gertrude). Na peça, onde haverá uma mortandade que me escuso a esclarecer, há dois figurões secundários, Rosencrantz e Guildenstern, amigos do príncipe. Em 1966, Tom Stoppard tratou de ‘Hamlet’ a partir destes dois personagens – uma encenação famosa, ‘Rosencrantz e Guildenstern Estão Mortos’, em que tudo o que acontece é visto do ponto de vista destes, e Hamlet se limita a ser personagem secundária. Assustador. A trama pode ver-se no filme que o próprio Stoppard realizou em 1990, com Gary Oldman, Tim Roth, Richard Dreyfuss ou Joanna Miles. Ou seja, um filme baseado numa peça que se baseia noutra peça. É puro Stoppard – génio cultíssimo e ironista de primeira categoria, elegância britânica, humor negro e destemido, um cavalheiro brilhante e sedutor que morreu no passado dia 29, sábado. A rainha Isabel II fê-lo comendador e depois cavaleiro do Império Britânico – e atribuiu-lhe a Ordem de Mérito. Mereceu tudo e muito mais.

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