Diz que viu na televisão que, afinal, havia outro a projectar o novo estádio do Benfica. O contrato que tinha com o clube nunca foi rescindido e o arquitecto diz que continua a trabalhar nele. E quer que seja o tribunal a resolver o ‘busilis’. Taveira afirma que os ‘encarnados’ lhe devem 1,5 milhões de euros.
Como é que se concebe um estádio a nível arquitectónico?
Um estádio é um objecto simples. Tem um pólo crucial: o rectângulo do jogo. Tudo se passa à volta. Depois, tempos os anexos, como as casas de banho, restaurantes, bares, vestiário. Não há grande mistério.
Tem alguma metodologia de trabalho?
Funciono de uma forma muito simples. Estou sempre a inventar. Levanto-me entre as três e quatro da manhã e até às sete horas, altura em que o motorista me vem buscar, estudo, leio, converso ao telefone com outros arquitectos e, quando surge um projecto, aplico uma ideia que já tenho em mente. Nunca tenho a angústia do escritor, da folha em branco. A minha folha está sempre cheia. No caso dos estádios, eu já sabia que, mais tarde ou mais cedo, Portugal iria realizar um evento desta envergadura. Já estava preparadíssimo. Só para dar um exemplo, o estádio de Aveiro demorou três semanas a ser projectado.
Foi mais ou menos a mesma coisa. O mais complexo foi o do Sporting. É um estádio muito denso. Tem muitas coisas à sua volta. Foi extremamente difícil encaixar aquele inferno todo.
Hoje, planearia o estádio de maneira diferente?
Sim. Aliás, fiz três propostas diferentes, todas elas melhores que esta. Nomeadamente, um estádio com quatro anéis (que também propus para o do Benfica e, curiosamente ou não, seria depois usada no novo estádio dos ‘encarnados’). Até seria mais barato do que este.
Porque é que não se avançou com esse projecto?
Porque os dirigentes do Sporting não aceitaram. Nem sempre faço o que quero. Só para dar um exemplo: para a torre das Amoreiras fiz 22 projectos diferentes. E para o BNU fiz 14.
Como é que conseguiu envolver-se em quatro estádios em simultâneo para o Euro 2004?
Isso tem sido um mistério para muita gente. Quando o governo tentava obter uma decisão favorável a Portugal, tornava-se difícil, se não impossível, para algumas câmaras, e até para alguns clubes como o Benfica, assumir num período muito curto de tempo um investimento muito elevado em projectos sem qualquer garantia de retorno.
O que quer isso dizer?
Havia que produzir projectos de arquitectura credíveis, para mostrar à UEFA o esforço que Portugal iria fazer caso viesse a ser escolhido, para organizar o Euro 2004. Contudo, este conjunto de projectos, que custava muitos euros, seria feito sem qualquer garantia…
As câmaras estavam numa situação ainda mais difícil do que a dos clubes?
Sim. Em situações normais, teriam que fazer concursos para adjudicar projectos que eram caros e altamente equívocos, dado que eram em parte fictícios e poderia tornar-se inúteis se a UEFA viesse a ter uma decisão favorável à Espanha. Também havia um problema do tempo que estes concursos demorariam, que inviabilizava à partida a apresentação a tempo dos projectos. Outro problema dizia respeito a verbas a destinar para esses concursos, que não estavam inscritas nos orçamentos.
E a questão do Benfica?
O clube confrontava-se com outro tipo de problema porque dizia não ter capacidade financeira para fazer o projecto e necessitaria de uma ajuda imediata do Governo para os estudos, o que não era possível. O Vale e Azevedo dizia que não tinha dinheiro. O Governo, por sua vez, não tinha autorização legislativa para financiar algo mais do que a própria comissão comandada por Carlos Cruz e o então ministro José Sócrates.
Neste momento, tem um diferendo com o clube ‘encarnado’…
Eu tenho um contrato assinado com o Sport Lisboa e Benfica para fazer a renovação do antigo Estádio da Luz para o Euro 2004. Esse contrato mantém-se válido porque nunca foi rescindido. O meu projecto para a renovação do Estádio está pronto e o curioso é que o estádio já desapareceu. Mas eu posso continuar a trabalhar e a melhorá-lo porque, por razões que são óbvias não posso abandoná-lo visto que tenho um contrato. Se não, seria acusado de negligência e a outra parte contratante poderia dizer que eu a prejudiquei.
O que aconteceu para o Benfica ter faltado com a palavra?
Não sei. Eles não quebraram o contrato. Ele continua a existir.
Mas o estádio está lá e a direcção não se mostra interessada...Isso hão-de os juízes decidir…
Essas perguntas cabe à direcção do Benfica responder. Sei que quando Manuel Vilarinho foi para a presidência do clube, pediu-me para eu fazer um estádio novo. Eu fiz esse estádio, que foi apresentado e aprovado pela UEFA. Mas pouco depois de já estar a trabalhar nele, vi na televisão uma notícia que anunciava que o clube tinha outro. E até hoje nunca ninguém me deu satisfações. Escrevi cartas e enviei faxes para a direcção ‘encarnada’ a pedir esclarecimentos, mas ninguém me disse nada.
Quando terá sido o momento de rotura?
Penso que foi a intervenção de Vítor Santos, que disse durante as recentes eleições do clube: ‘O estádio foi projectado no meu escritório’. Eu nem sabia que ele era arquitecto. Isto não foi desmentido publicamente. Isto criou-me um grande problema, que não foi resolvido pelo diálogo. Fui obrigado a levar o caso aos tribunais, para poder receber o dinheiro que tenho de entregar às finanças, para poder pagar os impostos correspondentes. Eu fiz esse trabalho e não foi de borla. E por isso, o caso vai a tribunal. Eles que decidam de sua justiça.
Quanto é que o Benfica lhe deve?
Cerca de 1,5 milhões de euros.
Os seus problemas com o clube põem em causa o seu benfiquismo?
Já fui mais benfiquista. Uma coisa é ser católico e outra é gostar do Papa. Ser benfiquista não é sinónimo em estar de acordo com a direcção ou o treinador Camacho, que considero uma nulidade.
O que pensa do novo estádio do Benfica?
É muito bonito. Aliás, todos eles são muito interessantes. Também é curioso verificar que os arquitectos conceberam estádios muito diferentes uns dos outros.
Como é que ganhou os projectos?
Primeiro fiz três estádios e dois projectos não construídos mas contratados para o Benfica. A minha estratégia foi de alto risco. O que fiz foi algo de simples mas um pouco suicida. Eu ofereci-me às Câmaras de Leiria e Aveiro, para suportar todos os custos com os projectos e o mesmo se repetiu para o Benfica.
E se o Euro 2004 não viesse para Portugal?
Eu não receberia nada
Quanto é que poderia ter perdido?
O meu prejuízo seria de aproximadamente um milhão de euros.
Mas o caso do Sporting era diferente.
Sim. O clube tinha o processo do seu estádio mais avançado e ele não dependia do Euro. A direcção de José Roquete já tinha resolvido construir um estádio novo.
Como obteve o contrato com o Sporting?
Nunca tive um conhecimento claro e profundo do modo como o Sporting me escolheu. Mas tive a consciência de ter estado envolvido num concurso altamente secreto e complicado. Mais tarde, alguém me disse que estiveram no concurso 27 arquitectos.
Na inauguração dos estádios falou-se pouco no arquitecto que o concebeu.
Na inauguração do Alvalade XXI, o meu nome foi totalmente omitido como se o estádio não tivesse autoria. O Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl, por exemplo, nunca agradeceu aos arquitectos portugueses. Mas pior. Tenho um camarote no estádio de Aveiro e Gilberto Madaíl cativou-o para os seus amigos. Por isso, estou a pensar não ir à inauguração.
Qual dos seus três estádios é o preferido?
Não tenho nenhum. Mas hoje redesenharia todos.
Os clubes ainda lhe devem dinheiro?
Tenho as minhas relações comerciais perfeitamente organizadas com os meus clientes.
Como reagiu às críticas ao estádio do Sporting, nomeadamente as relacionadas com a aparência exterior?
Como reajo sempre. Com total indiferença. Mas por causa do estádio recebi, pela primeira vez, um elogio de um político do PS. Numa entrevista à SIC, Ferro Rodrigues, um sportinguista dos quatro costados, respondeu à mesma pergunta com esta resposta: “Está a acontecer o mesmo que se passou com as Amoreiras. Toda a gente reagiu imenso. Mas hoje, todos gostam. Com o Alvalade XXI vai-se passar o mesmo”. Tudo quanto é inovador custa a assimilar e cria uma certa surpresa.
Mas, por exemplo, Santana Lopes não parece ter ‘assimilado’ a zona J de Chelas e mandou-a pintar de branco.
É preciso dizer que Santana Lopes também ignorou por completo o estádio do Sporting. Para ele, o Alvalade XXI não existe. Mas é um problema dele e não meu.
Mas é um problema dele para consigo ou dele com a cor?
Essa é uma pergunta para ele. Ele aceita tudo o que vem de certos arquitectos e, pelos vistos de mim, não aceita nem rejeita. Simplesmente, ignora-me. Um presidente de câmara é um dono de uma cidade. Pode fazer o que quiser. Depois a História vai julgar as atitudes. Só ela dirá quem tem razão: ele ou eu. O facto de mandar pintar Chelas de branco foi uma atitude de falta de respeito. Deveria ter falado primeiro comigo para ver se eu lhe dava autorização. E eu não lhe daria. Nem dou a ninguém para mexer nos meus projectos.
Em relação ao parque Mayer, também tem razão de queixa de Santana Lopes?
Não tenho. O presidente da Câmara pode dar as obras a quem quiser e pagando o que quiser. Eu não abro a boca. Nem acho que a quantia que o arquitecto contratado, Frank Gehry, vai receber, os 28 por cento, seja exorbitante. Bilbau nem existia antes de Gehry. Hoje, a cidade tem receitas turísticas brutais e existe no mapa mental de toda a civilização ocidental. Quanto é que isso custa em termos de marketing? Se calhar o custo de Gehry até é pequeno. E poderá fazer um objecto que irá trazer a Lisboa muitos turistas e que irá tornar-se eventualmente um ex-líbris que substitua as Amoreiras em definitivo. Embora, as Amoreiras nunca tenham trazido por si, ninguém a Lisboa. Mas também porque as Amoreiras nunca foram promovidas.
As Amoreiras foram a sua obra mais emblemática?
Convivo facilmente com as coisas que faço de uma maneira: ignorando-as. Sofro muito para as fazer porque há conflitos com os clientes, colaboradores e até a comunicação social; por exemplo, o jornalista Mário Ventura Henriques propôs que se demolissem as Amoreiras. Mas, no dia que estão feitas, não vejo e nem vou lá.
Como vê Lisboa em termos urbanísticos?
A cidade está velha e caduca, perdeu quase 300 mil habitantes nos últimos dez anos, e habitantes jovens. Perdeu actividades económicas muito importantes, não criou nenhum pólo verdadeiro tecnológico ou universitário. É uma cidade de fado e noite, mais ou menos equívoca, com uma oferta de cultura superior cada vez menos forte. Acredito que nos próximos tempos não se faça nada de relevante.
O que pensa do Parque das Nações em termos arquitectónicos?
É tudo quase igual. Com poucas excepções, a arquitectura é basicamente neo-racionalista pura. Não cumpre minimamente os objectivos de revitalização da cidade. Mas, pelo menos, limpou-se uma zona altamente degradada. Isso tem mérito.
Como reconstruiria Lisboa?
Atrairia para a cidade pessoas jovens, criando boas condições para as empresas se manterem na cidade.
Quando olha hoje para as Olaias não fica de algum modo desgostoso?
As Olaias foram um esforço fantástico. Mas sofreu as vicissitudes diabólicas daquele período de dificuldades económicas. Era um projecto destinado à classe média-alta, mas acabou por ser construída com padrões de habitação social. Era preciso poupar dinheiro. Se elas tivessem nascido hoje, eram um projecto muito diferente.
Não lhe custa ser assim sempre tão pragmático?
Não é um problema de pragmatismo. Mas nem todos podem ser o Frank Gehry. Mas ainda bem que há ‘Gehrys’.
Está zangado com a cidade?
Não. Estou triste porque o meu partido (o PS) que teve Lisboa nas mãos durante tantos anos, não soube acrescentar-lhe nada de vital. Antes deixou-a ao abandono. Se foi o Dr. João Soares ou o Dr. Jorge Sampaio, isso não sei…
Também já se sentiu mais socialista?
Não me revejo na situação actual do PS, mas não quer dizer que isso abale as minhas convicções.
Como caracteriza hoje o País?
É um desastre. É um país muito infeliz. Sem cultura cívica.
Com quase 65 anos, pensa continuar na arquitectura por muito mais tempo?
Já pensei fazer um caixão com papel e lápis para poder continuar a desenhar.
Quais são os seus próximos projectos?
Queria completar um projecto na zona central da Alta de Lisboa, a célebre ‘Malha 5’ onde irá surgir um enorme conjunto de escritórios, habitação, hotéis e um ‘shopping’ que é o dobro do das Amoreiras. Também estou envolvido no Palmela Village e na continuação da construção da Marina de Albufeira que me dão uma enorme satisfação. Para além disto, estou envolvido num enorme projecto mas que não posso revelar ainda.
A cor é assim tão importante para si?
É tão importante para mim como para qualquer cidadão, desde que não sejam daltónicos. A arquitectura é para as pessoas. Se Deus existe, ele sabe muito de cor. De tal maneira, que nos deu olhos com características tais que nos permitem ler o mundo sem ser a preto e branco. Porque carga de água é que devemos fazer edifícios sem cor? Onde é que isso está escrito?
MAU HUMOR: “Aquilo que me acontece quando penso na Ordem dos Arquitectos”
MELHOR PALAVRA: “Saúde”
MELHOR TRAÇO: “Miguel Angelo”
TAVEIRADAS: “Um novo nome para um bolo a produzir pelos pasteleiros portugueses”
PERSONA NON GRTAa: “Aquilo que eu sou para os ‘McCartistas’ da Ordem”
BENS MATERIAIS: “Pintura e escultura, o meu ‘hobby’ consumista”
PRÉMIOS: “Aquilo que nunca tenho”
ESTÁDIO DO BENFICA: “Excelente iluminação”
INIMIGOS: “Reitor da Universidade Técnica de Lisboa e o representante da FENPROF para o Ensino Superior”
SER PAI: “Uma coisa que me aconteceu há muitos anos”
OS SEUS PAIS: “Tiveram grande influência na minha formação. O meu pai pela lucidez e clarividência. Ele era maçon. A minha mãe incutiu-me o interesse pelo estudo. Ensinava-me e obrigava-me a fazer os trabalhos de casa. Ambos sempre me encorajaram para a minha habilidade para as artes.”
MULHERES: “Todas”
PORTUGAL: “Um país que ainda é possível”
CABALA: “O grande equívoco do PS”
PS: “Uma crise dolorosa”
DEPRESSÃO: “Algo que nunca sinto. Sou um optimista. O facto de acordar é uma alegria. É por isso que durmo pouco”
ARQUITECTURA: “O meu hobby preferido”
CINEMA: “Uma frustração não ser realizador de cinema. Mas já não vou a tempo”
POLÍTICA: “Algo de muito importante para organizar a vida dos povos”
ÍDOLOS: “Miguel Angelo e Frank Gehry”
FP 25: “Grandes amigos”
OLHAR: “A traição da alma”
UMA COR: “Laranja”
FIM: “Morte”
MORTE: “Uma coisa de que tenho um grande medo. Penso todos os dias na morte para ver se a engano.”
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