As aventuras do grupo de super-heróis mais famoso da banda desenhada chega finalmente ao grande ecrã. Sem grandes alterações face ao original.
Após uma viagem espacial que resulta em desastre, quatro astronautas são transformados em seres com habilidades especiais: o doutor Reed Richards, líder do grupo, passa a ser capaz de esticar o seu corpo como borracha; a sua namorada, Susan Storm, ganha a capacidade de ficar invisível e de criar campos de força; o irmão dela, Johnny Storm, consegue transformar-se numa tocha humana; e o piloto Ben Grimm acaba por resultar num monstro de pedra com força ilimitada, musculoso e ameaçador.
Assim nasceu em 1961 o Quarteto Fantástico, grupo de justiceiros prontos a salvarem o planeta de toda e qualquer ameaça, que começou por aparecer nas bancas norte-americanas numa nova série bimestral – mais tarde sairia com periodicidade mensal. A história parece igual a tantas outras, mas reza a lenda que os novos super-heróis da era moderna da Marvel Comics não só livraram a Terra do mal como, na realidade, fizeram o mesmo à sua editora, na altura a braços com graves problemas financeiros.
O sucesso revelou-se tão fulgurante e proveitoso que acabou por levar à criação de outras personagens, como Hulk e Homem-Aranha, outros dois ícones dos quadradinhos. Em todas existe um factor comum, que provavelmente terá ditado o aumento do número de vendas dos pequenos livrinhos: ao contrário do que acontecia até então, os seres com poderes sobrenaturais que ocupavam o centro da história deixaram de ser invencíveis, e, como o mais comum dos mortais, passaram a viver repletos de dúvidas existenciais, problemas amorosos, demónios interiores.
Na adaptação cinematográfica que na próxima quinta-feira chega às salas portuguesas essa vertente está bem espelhada. O doutor Reed Richards (Ioan Gruffudd) está falido e vê-se obrigado a recorrer ao ex-colega de faculdade Victor Von Doom (Julian McMahon) para encontrar financiamento para realizar pesquisas sobre ADN que podem mudar o rumo da humanidade. Von Doom dá mostras de uma mistura entre vaidade e ambição, aceitando enviar Richards e o seu braço-direito, Ben Grimm (Michael Chiklis), ao espaço, com duas condições indiscutíveis: acompanhar tudo de perto e serem acompanhados pela sua directora de pesquisas, Susan Storm (Jessica Alba) e o seu irmão John (Chris Evans).
Mas os estudos acabam por resultar num fracasso e a tempestade cósmica muda para sempre a vida dos cinco participantes na aventura interplanetária. Ao acordarem, já na base terrestre, descobrem os efeitos colaterais da experiência. E até o vilão, que será conhecido por Dr. Destino, passa a ter um certo controlo sobre objectos metálicos e eléctricos, além de uma visão ainda mais megalomaníaca.
SEQUELA À VISTA
A adaptação cinematográfica de mais uma história nascida e criada na banda desenhada sofreu algumas modificações em relação à criada por Stan Lee e Jack Kirby em 1961, e embora as personagens mantenham as suas características básicas, é a fantasia que comanda o filme. Ainda assim, os dramas pessoais do Coisa e a irresponsabilidade do Tocha Humana estão lá, pelo que os fãs do formato original podem ficar descansados: nem tudo foi alterado.
Talvez por isso mesmo a película dirigida por Tim Story, que estreou nos Estados Unidos no início de Junho, tem sido um enorme e inesperado sucesso de bilheteira. O desacreditado Quarteto Fantástico, de quem ninguém esperava grandes façanhas – até devido à recente invasão de obras do género, como ‘Elektra’ ou ‘Batman – O Início’ –, facturou no primeiro fim-de-semana norte-americano qualquer coisa como 56 milhões de dólares de sexta a domingo.
Visivelmente satisfeito pelo facto, o realizador comentou: “definitivamente gostaria de voltar para o segundo filme. Se você conhece o original, sabe que apenas arranhámos a superfície neste. Foi um filme de origem e ainda há tantas coisas e personagens que temos de mostrar, coisas como o Fantasticarro. Agora que estes heróis estão mais confortáveis com os seus poderes, uma atitude totalmente nova vai aparecer. Por exemplo, neste filme Ben Grimm não quer ser quem é, mas assim que ele se acostumar à sua situação vai ficar engraçado, a andar por aí como uma estrela pop”.
Apesar de ainda ser muito cedo para fazer contas à vida, Tim Story já revelou publicamente que está disponível para continuar a coordenar as peripécias do quarteto no grande ecrã, preparando-se até para convencer os responsáveis pela produção de que o Surfista Prateado tem de aparecer na história. É bem provável que venha aí mais uma sequela.
As histórias, aventuras e desventuras do Quarteto Fantástico estão também disponíveis no ‘Correio da Manhã’, que todos os domingos lança um novo fascículo da colecção ‘Os Clássicos da Banda Desenhada’. No álbum, já disponível nas bancas, IRS ameaça a família mais famosa do universo Marvel, com Johnny Storm a ter de refazer o grupo com a Mulher-Hulk, Namorita e Homem-Formiga, ajudas imprescindíveis para tirar Reed Richards, Susan e Ben da Zona Negativa.
A odisseia, recheada de perigos e contratempos, é a não perder e faz parte da luxuosa colecção de vinte livros, cada um deles com mais de 200 páginas e um formato de 14,5cm por 21cm, dedicados a outros tantos heróis do universo dos quadradinhos, onde se inclui ainda uma breve apresentação histórica das personagens, dos desenhadores e argumentistas. A não perder, aos domingos, por 6,40 euros mais o jornal.
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