Bruxelas corta previsão de inflação em Portugal para 2,3% este ano
Prevê ainda uma taxa de 1,9% em 2025, devido à descida dos preços da energia e aumentos mais baixos nos alimentos.
Bruxelas está mais otimista para a inflação em Portugal, revendo em baixa a previsão para uma taxa de 2,3% em 2024 e 1,9% em 2025, devido à descida dos preços da energia e aumentos mais baixos nos alimentos.
Nas previsões económicas de inverno, a Comissão Europeia prevê que a inflação medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) registe uma nova descida até 2025, depois de ter desacelerado no ano passado.
O executivo comunitário aponta para uma redução da taxa de 5,3% em 2023 para 2,3% em 2024 e 1,9% em 2025, abaixo dos 3,2% em 2024 e 2,4% em 2025 esperados nas previsões de outono.
O Ministério das Finanças prevê, no Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), uma taxa de 3,3% este ano, tal como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera uma taxa de 3,4%, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) de 2,8% e o Banco de Portugal de 2,9%.
Esta evolução deverá resultar de uma descida dos preços dos produtos energéticos e aumentos mais baixos nos produtos alimentares.
Os preços dos serviços também deverão contribuir para a redução esperada, mas a um ritmo "muito mais lento", uma vez que o crescimento esperado dos salários e do emprego deverá apoiar a procura dos consumidores.
No entanto, no primeiro semestre deste ano, o processo de desinflação deverá ser temporariamente atenuado por efeitos base no setor energético e pelo fim do IVA zero no cabaz básico de produtos alimentares.
A Comissão Europeia prevê que a taxa de inflação na zona euro se reduza de 5,4% em 2023 para 2,7% em 2024, antes de cair para 2,2% em 2025.
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