Défice será o triplo do previsto por Centeno
Novo Banco com impacto de 0,4% nas contas públicas de 2018.
A Comissão Europeia prevê que Portugal registe um défice de 0,6% em 2019, ou seja, três vezes superior ao projetado pelo Governo (0,2%) na proposta de Orçamento do Estado entregue a 15 de outubro. Para este ano, as projeções de Bruxelas já estão alinhadas com as do Executivo: o País deverá ter um défice de 0,7%.
Segundo as previsões de outono da Comissão Europeia esta quinta-feira divulgadas, Portugal só chegará aos 0,2% de défice daqui a dois anos, em 2020. Em 2019, o défice ficará nos 0,6%, um valor aquém não só das previsões inscritas no Orçamento apresentado pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, mas também dos 0,5% estimados pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).
A UTAO encontrou 590 milhões de euros de despesa na proposta de lei do Orçamento que não constam no relatório do Orçamento e alertou o Executivo, que desvalorizou as contas dos técnicos.
Este ano, o défice ficará nos 0,7%, diz Bruxelas, com a injeção pelo Estado de mais de 400 milhões no Fundo de Resolução para recapitalizar o Novo Banco a pesar 0,4% nas contas.
Já o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 2,2% este ano e 1,8% no próximo, após o crescimento de 2,8% em 2017. O Executivo prevê um crescimento de 2,3% em 2018 e 2,2% em 2019. A desaceleração do PIB nos próximos anos deve-se ao "abrandamento das exportações", diz a UE.
Emprego abranda nos próximos anos
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