PT recusou pôr nome de gestores
Auditora PwC diz que operadora recusou incluir nas conclusões as responsabilidades individuais dos administradores. Oi vai processar Granadeiro.
A PT recusou a inclusão do nome dos ex-gestores envolvidos no financiamento de 897 milhões de euros à Rioforte, empresa do GES, no relatório feito pela PricewaterhouseCoopers (PwC) para apurar responsabilidades individuais na operação.
"Ficou definido pela PT que esse tipo de referências não deveriam constar no relatório", disse no Parlamento José Alves, presidente da PwC, adiantando que "o relatório é uma análise factual, não incorporando juízos de valor, de ordem jurídica, relativamente às responsabilidades dos órgãos sociais da PT".
Do lado da operadora, entre os nomes relacionados com a decisão de investimento de 897 milhões de euros em dívida do GES estão Henrique Granadeiro, Pacheco de Melo, Zeinal Bava e Amílcar Morais Pires, administrador não executivo indicado pelo BES. A que se soma, do lado do banco, Ricardo Salgado. José Alves referiu também que houve quatro versões do relatório de auditoria, sendo que a primeira versão tinha os nomes dos ex-gestores. Segundo o auditor, "houve uma discussão significativa com a PT sobre essa matéria".
Em vésperas da reunião magna de acionistas que decidirá a venda da PT Portugal à Altice, que decorre amanhã, os brasileiros da Oi escreveram ao presidente da mesa da assembleia geral (AG) da PT SGPS, Menezes Cordeiro, acusando Henrique Granadeiro de mentir sobre o investimento na Rioforte e sublinhando que vão processar o ex-presidente da operadora, revelou o ‘Negócios’. Ontem, a CMVM veio dizer que a informação prestada pela PT SGPS é insuficiente, levantando dúvidas relacionadas com a reversão da fusão com a Oi, o que ameaça a realização da AG.
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