Caixa atribui 149,6 milhões de euros à parte da Coleção Berardo dada em penhor por Joe Berardo, mas a dívida atinge 357 milhões de euros.
1 / 4
A parte da Coleção Berardo que o empresário madeirense deu como garantia de pagamento dos créditos da GCD, no final de 2008, paga menos de metade da dívida do grupo Berardo ao banco do Estado: em abril deste ano, a dívida do grupo Berardo à Caixa ascendia a 357 milhões de euros, mas o valor do penhor de 40% dos títulos de participação da Associação Coleção Berardo (ACB), dona da Coleção Berardo, tinha um valor de 149,6 milhões de euros.
Ou seja, com base nestes valores, o penhor de 40% apenas paga 42% da dívida do grupo Berardo à CGD.
O banco público atribuiu a toda a coleção Berardo - segundo um relatório, de 2011, de inspeção do Banco de Portugal sobre a Caixa - um valor de 374 milhões de euros.
Joe Berardo no Parlamento: "Eu pessoalmentre não tenho dívidas. Claro que não"
Nesta avaliação da CGD, estão incluídos dois conjuntos de obras de arte: as obras que integram o acordo do Estado com Joe Berardo e a ACB, em 2006, com o valor de 316 milhões de euros (correspondente à avaliação feita pela Christie’s em 2006); e as obras registadas nas contas da ACB, que valem 58 milhões de euros.
Foi a partir da sua avaliação da Coleção Berardo que a CGD atribuiu, segundo o relatório do Banco de Portugal, o valor de 149,6 milhões de euros ao penhor de 40% títulos de participação da ACB.
Berardo entregou o penhor dos títulos de participação da ACB à CGD, ao BCP e ao BES no final de 2008, no âmbito da reestruturação dos créditos da Fundação Berardo. Os títulos de participação da ACB foram dados como reforço das garantias do pagamento da dívida.
Na altura, a Fundação Berardo, a Metalgest e a Moagens Associadas celebraram um contrato de penhor e promessa com a CGD, o BCP e o BES para reforço das garantias dos créditos assumidos perante esses bancos.
Nesse sentido, foi formalizado um penhor inicial de 75% dos títulos de participação da ACB a favor dos três bancos. Por esta via, foi assumida a promessa de penhor destes títulos até à proporção de 40% para a CGS, 40% para o BCP e 20% para o BES.
Com a intervenção no BES, a dívida foi herdada pelo Novo Banco.
Ex-diretor de risco responsabiliza administradores
O diretor de risco da CGD, entre 2010 e 2017, José Rui Gomes, disse ontem, na comissão de inquérito parlamentar à CGD, que o organismo que liderava fez o seu papel na avaliação dos créditos e que a decisão cabia aos administradores do banco.
PORMENORES
Bancos interpõem ação
CGD, BCP e Novo Banco (NB) processaram, em abril, Joe Berardo e entidades do seu grupo. Reclamam o pagamento de mais de 962 milhões de euros.
Empréstimos em causa
Nessa ação, segundo o Observador, além da CGD, o NB reclama o pagamento de 327,7 milhões de euros e o BCP pede o pagamento de 277,3 milhões.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.