Presidente do BCE observa que a área da moeda única "não crescerá tanto como se esperava anteriormente, mas recuperará em 2024".
A presidente do Banco Central Europeu (BCE) prometeu esta sexta-feira uma inflação abaixo dos 2% "em tempo útil", sem comprometer-se relativamente à subida das taxas de juro, e notou que o crescimento fraco da zona euro "não é recessão".
"Queremos regressar ao nosso objetivo de médio prazo de 2% [de taxa de inflação] e voltaremos a esse objetivo e em tempo útil", declarou Christine Lagarde, em conferência de imprensa após a reunião informal dos ministros europeus das Finanças, na cidade espanhola de Santiago de Compostela no âmbito da presidência de Espanha do Conselho da UE
Um dia após uma nova subida, a responsável vincou: "A nossa missão é a estabilidade dos preços, a nossa luta é contra a inflação e o nosso principal instrumento, nestas circunstâncias, são as taxas de juro, por isso [...] decidimos aumentar novamente as taxas de juro em 25 pontos de base para reforçar os progressos no sentido de atingir o nosso objetivo e vencer a batalha contra a inflação".
Numa altura de tímido crescimento económico, de fraco consumo perante uma apertada política monetária e de ainda elevada inflação, Christine Lagarde reiterou que o BCE irá "fixar as taxas de juro a um nível suficientemente restritivo enquanto for necessário para atingir o objetivo de 2%".
Já falando sobre os recentes dados, que levaram a uma revisão em baixa do crescimento da zona euro, a líder do BCE observou que a área da moeda única "não crescerá tanto como se esperava anteriormente, mas recuperará em 2024", pelo que "um crescimento mais fraco não significa recessão".
Christine Lagarde apelou ainda a que os Estados-membros "se concentrem na redução dos défices e da dívida, o que torna ainda mais importante gastar o dinheiro da forma correta", isto é, nos investimentos 'verdes' e digitais.
Também falando em conferência de imprensa, o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, vincou que "a política orçamental deve ser prudente, deve ser cuidadosa, deve seguir uma orientação restritiva e deve trabalhar em consonância com as alterações que estão a ser feitas ao nível da política monetária".
Os ministros das Finanças da zona euro debateram hoje o contexto macroeconómico na área da moeda única, devendo insistir nos compromissos de prudência orçamental, após uma nova subida das taxas de juro pelo BCE.
A discussão de hoje surge um dia depois de o BCE ter anunciado uma nova subida das três taxas de juro diretoras em 25 pontos base, tal como na reunião anterior, colocando a taxa dos depósitos no nível mais elevado de sempre da zona euro.
Esta foi a décima subida consecutiva das taxas de juro pelo banco central, que aumentou as taxas de juro em 450 pontos base desde julho do ano passado, o ciclo de subida mais rápido da história da zona euro.
Nas previsões macroeconómicas de verão, divulgadas na passada segunda-feira, a Comissão Europeia reviu em baixa a previsão de inflação este ano na zona euro, para 5,6%, referindo que a apertada política monetária "está a funcionar", mas alertou para perdas de rendimento e piorou a projeção para 2024.
Também nesse dia, a instituição divulgou que a atividade económica "muito fraca" dos últimos meses na zona euro e UE, que deverá manter-se, motivou uma revisão em baixa das projeções para crescimento económico em 2024, para 1,3% e 1,4%.
A taxa de inflação tem vindo a baixar nos últimos meses após registar valores históricos devido à reabertura da economia pós-pandemia de covid-19, à crise energética e às consequências económicas da guerra na Ucrânia, mas ainda assim acima do objetivo de 2% fixado BCE para a estabilidade dos preços.
Para o atingir, o BCE tem apertado a política monetária com sucessivos aumentos das taxas de juro, agora a um ritmo mais lento.
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