Taxa de depósito do BCE, que serve de referência para as condições de crédito na economia, passará para 3,25%.
O Banco Central Europeu (BCE) poderá avançar para uma nova descida das suas taxas de juro na quinta-feira, quando aumentam as preocupações com o crescimento na zona euro e a inflação continua a abrandar.
Vários membros do conselho de governadores da instituição monetária, incluindo os responsáveis dos bancos centrais alemão, Joachim Nagel, e francês, François Villeroy de Galhau, enviaram nos últimos dias sinais nesse sentido.
"É muito provável uma descida" na reunião do BCE de quinta-feira, após um primeiro corte nas taxas de juro em junho e um segundo em setembro, "e não será o último", disse o governador do Banco de França, que aponta para uma descida de 25 pontos base.
A taxa de depósito do BCE, que serve de referência para as condições de crédito na economia, passará para 3,25%.
"Estou bastante aberto à ideia de refletir na possibilidade de dar mais um passo nas taxas" disse o presidente do Bundesbank.
"A evolução da inflação faz parte das boas notícias, estamos a aproximar-nos claramente do objetivo de 2% da inflação", acrescentou.
Se na reunião do BCE, que terá lugar em Ljubljana, na Eslovénia, for decidida uma segunda descida consecutiva das taxas de juro, isso será uma reviravolta da parte da instituição, que ainda há um mês se mostrava prudente, sugerindo que iria aguardar pela reunião de dezembro para agir.
Mas, os dados entretanto divulgados mostraram que a inflação continuou a abrandar em setembro, ficando em 1,8%, pela primeira vez abaixo do limite de 2% em mais de três anos.
A desaceleração é mais visível nas grandes economias da zona euro, Alemanha (1,6%), França (1,2%) e Itália (0,7%).
A inflação subjacente, que exclui os preços mais voláteis da energia e da alimentação, registou um recuo para 2,7%, segundo o Eurostat.
A evolução atual dos preços "reforça a nossa confiança no facto de a inflação regressar ao objetivo no devido tempo" e isso "será tido em conta na próxima reunião de política monetária" de outubro, declarou a presidente do BCE, Christine Lagarde, numa audição no Parlamento Europeu em finais de setembro.
As atas da reunião de setembro do BCE mostraram também que há alguma inquietação com o crescimento na zona euro, uma evolução que pode levar a um recuo ainda maior da inflação e, portanto, favorável a uma flexibilização mais rápida da política monetária.
"Acreditamos que se justifica o aumento da velocidade dos cortes. A combinação entre crescimento mais baixo na zona euro e uma inflação que se aproxima da meta do BCE sugere a necessidade de uma política monetária menos restritiva", afirmou o diretor de investimento global em obrigações da Allianz Global Investors (Allianz GI), Michael Krautzberger, numa nota enviada à Lusa.
No mesmo sentido, aponta uma nota do gabinete de Estudos Económicos e Financeiros do BPI.
"Tudo indica que o BCE reduzirá as taxas de juro em outubro: as expectativas do mercado apontam para uma redução de 25 pontos base com uma probabilidade de 95% e a própria presidente do BCE, Christine Lagarde, piscou o olho a essa redução após a descida dos últimos dados sobre a inflação e a atividade económica", refere a nota do BPI.
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