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Belmiro de Azevedo deixa herança de 1,3 mil milhões de euros

Empresário entrou para a Sonae com 26 anos a ganhar 7500 escudos (37,5 euros).

30 de novembro de 2017 às 01:30

O trabalho moldou o caráter e a carreira de Belmiro de Azevedo. Um episódio pouco conhecido na vida do empresário é bem ilustrativo desta máxima. Corria o ano de 1993, a assembleia geral da Sonae discutia um aumento de capital e já levava sete horas , sem interrupções.

Na primeira fila estava Carolina Pinto de Magalhães e os filhos. A viúva de Alexandre Pinto de Magalhães, fundador da Sonae e o homem que convida Belmiro, com apenas 26 anos, para o grupo, mostrava sinais de impaciência.

Os presentes lamentam a demora na reunião e surgem as primeiras queixas de fome e sede. Belmiro pede a palavra; "A Sonae é um local de trabalho e não de diversão. Tudo o que posso oferecer é água e bolachas de água e sal".

O homem, que foi contratado por 7500 escudos (37,5 euros) em 1965 e que trabalhava 12 horas por dia, morreu ontem aos 79 anos no hospital da CUF no Porto. Deixa uma fortuna avaliada em mais de 1,3 mil milhões.

O testamento está feito. Na década de 90 uma pancreatite levou-o a Paris para ser operado a uma úlcera. É confrontado com a morte e decide, nesse mesmo momento, escrever a carta com as suas vontades.

Uma das irmãs de Belmiro de Azevedo também morreu esta quarta-feira, no IPO do Porto.

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