Presidente do organismo diz que valor pode ser difícil de suportar nalgumas regiões do País.
1 / 3
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) diz compreender o apelo para se fixar o salário mínimo no setor acima dos 600 euros, mas lembra que há regiões mais "causticadas" onde isso pode fazer a diferença.
Na semana passada, a UGT desafiou a CTP a fixar o salário mínimo acima dos 600 euros e a aproveitar o crescimento do setor para reduzir a precariedade laboral.
Questionado pela Lusa sobre este apelo, Francisco Calheiros afirmou que a CTP "aplaude e saúda, quer as empresas, quer as associações, que promovem contratação coletiva em que o salário mínimo é superior a 600 euros", mas adverte que "é preciso ter sempre cuidado com determinadas regiões do país mais desertificadas e causticadas como, por exemplo, a região Centro, onde isso pode fazer diferença".
"É todo este equilíbrio que se tem que fazer", sublinhou, referindo, no entanto, que se estivesse no lugar da UGT "faria exatamente o mesmo".
Na semana passada, o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, disse à agência Lusa, no final de uma reunião com a CTP, que fez este desafio, de irem "além dos 600 euros para o salário mínimo" e que o presidente da confederação "admitiu analisar a hipótese desde que o Governo lhes desse um sinal, uma contrapartida".
Instado pela Lusa a mencionar que contrapartidas são essas, Francisco Calheiros disse: "Não gosto de ver as coisas em termos de contrapartidas, gosto de ver em termos de um programa que está em cima da mesa. Estamos à espera da discussão. Temos para a semana já uma reunião onde esperamos que venha a haver desenvolvimentos".
O responsável lembrou ainda que "esta discussão está agora a ter início em sede de Concertação Social e é lá que a CTP discute estas coisas".
"Estamos a envolver-nos nessa questão, estamos em novembro. No ano passado, as discussões foram até fevereiro e não nos podemos esquecer de uma coisa: o salário mínimo faz parte de uma coisa muito maior chamada Acordo de Concertação Social, no qual estão uma série de situações que esperamos que o Governo venha a apresentar novidades", explicou.
"Estou-me a lembrar, por exemplo, de uma coisa que a CTP muito chateia, que é o FCT [Fundo de Compensação do Trabalho], que era para ser visitada em 2018 e que ainda não foi -- embora o ano ainda não tenha acabado --, mais uma série de coisas que queríamos ver abordadas e esta é uma das que faz parte delas", exemplificou.
Na reunião que tiveram, Carlos Silva disse também que, tendo em conta o elevado crescimento verificado no setor do Turismo, aproveitou o encontro para desafiar ainda a confederação a "combater a elevada precariedade", transformando os contratos a prazo em contratos permanentes.
Também aqui a CTP fez depender a sua posição de eventuais contrapartidas para o setor, disse o líder da UGT.
"Se o Governo não reduzir o IRC, a CTP pretende então que não sejam aumentadas as tributações autónomas e nós concordamos que o Governo devia tirar esta proposta do Orçamento do Estado, para reduzir a carga fiscal das empresas, e vamos dar conta disso aos partidos representados na Assembleia da República", disse Carlos Silva à Lusa, na altura.
No encontro, as duas confederações abordaram também a sustentabilidade da Segurança Social e concordaram que está na altura de abolir o fator de sustentabilidade que penaliza as reformas antecipadas.
"Como existe uma grande confusão em relação a esta matéria vamos pedir ao ministro do Trabalho que esclareça devidamente a questão na próxima reunião de Concertação Social", afirmou o líder da UGT.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.