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Reformados trabalham mais anos

Mais de 20% dos portugueses trabalharam além dos 65 anos.

06 de outubro de 2015 às 01:00

O número de homens portugueses a trabalhar além dos 65 anos foi, em 2013, o mais elevado da União Europeia (UE). Em plena crise, os portugueses anteciparam as orientações dadas esta segunda-feira pela Comissão Europeia, que apontam para a necessidade de carreiras contributivas mais longas: até aos 45 anos de vida ativa.

A taxa de emprego entre os homens com mais de 65 anos era, em Portugal, superior a 25%, contra 11% da média europeia, de acordo com um estudo de Bruxelas divulgado esta segunda-feira.

A insuficiência do valor das pensões – agravada pela crise – justifica o adiamento das reformas. No total, entre homens e mulheres, cerca de 20% dos portugueses com mais de 65 anos acumularam a pensão com trabalho. O mesmo é dizer que um em cada quatro aposentados é obrigado a trabalhar após a aposentação.

O estudo sobre os regimes de pensão na UE incita os países a adotarem medidas que permitam às pessoas trabalhar, pelo menos, até atingirem a idade de reforma garantindo assim "pensões adequadas também às gerações futuras de reformados".

Bruxelas quer mesmo carreiras profissionais mais prolongadas para que possam ser pagas "pensões decentes". O relatório destaca Portugal como um dos países que já adotaram medidas.

A idade legal de reforma varia, na União Europeia a 28, entre 57 anos e seis meses na Eslováquia, só para mulheres, e 68 anos na Finlândia, com incentivos. Na prática, de acordo com dados do Eurostat de 2012, os cidadãos da União Europeia reformavam-se, em média, mais cedo do que a idade legal de reforma.

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