Plano previa divisão do Banif em dois bancos.
A ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque acreditava ter até março de 2016 para concluir o processo de venda do Banif. A mudança de calendário só ocorreu a 17 de novembro de 2015, após uma carta do governador do Banco de Portugal, denunciou a antiga governante na comissão parlamentar de inquérito.
Segundo Maria Luís Albuquerque, até essa altura "todas as entidades envolvidas estavam de acordo quanto às linhas gerais do plano" de reestruturação apresentado à Direção-Geral da Concorrência (DGCOM) em setembro de 2015.
O plano previa a divisão do Banif em dois bancos, separando os ativos melhores dos piores e colocando-as em entidades distintas, ambas vendidas posteriormente a investidores. "Todos o defenderam convictamente", garantiu a antiga ministra aos deputados.
A estratégia, sublinhou Maria Luís Albuquerque, "foi interrompida apenas pela carta dirigida pelo governador [Carlos Costa] a 17 de novembro e que mostrava uma inflexão na posição" até então assumida pelo regulador.
Antes, ao longo do terceiro trimestre de 2015, "o plano de reestruturação enviado à DGCOM era distinto das versões anteriores e era convicção profunda de todos os envolvidos que esse era o caminho definitivo".
A ex-ministra garantiu que o calendário acordado com Bruxelas definia março de 2016 como prazo final para a finalização da venda do Banif, adiantando que nunca foi frisado pela DGCOM que as datas pudessem ser alteradas por causa da entrada em vigor de nova legislação sobe a resolução a partir de 1 de janeiro de 2016. "Nunca se colocou a questão de a situação ficar resolvida até ao final do ano", destacou.
Maria Luís Albuquerque garantiu ainda que, apesar de o plano de reestruturação do Banif nunca ter sido aprovado por Bruxelas, "em novembro de 2015 a situação do banco era incomparavelmente melhor do que em janeiro de 2013", quando o Estado injetou na instituição 1100 milhões de euros.
A ex-governante até reconheceu que o banco até podia ter sido vendido, mas as condições de mercado e a falta de aprovação do plano de reestruturação não ajudaram o processo. E garantiu que houve vários interessados na instituição, mas que as propostas formais nunca se efetivaram.
"A pior coisa que podia acontecer ao Banif era a venda ficar deserta"
A ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque disse no Parlamento que houve vários interessados no Banif, mas nenhum investidor apresentou uma proposta concreta.
Maria Luís Albuquerque garante que houve manifestações de interesse por chineses, americanos e canadianos, mas lembrou que "só faria sentido abrir oficialmente um processo de venda quando se tem um grau de confiança grande de que vão aparecer interessados". "Nem a administração do banco estava em condições de garantir que iriam aparecer compradores."
E rematou: "A pior coisa que poderia acontecer ao Banif era abrir um concurso e ele ficar deserto."
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