Empresário esteve sempre no top dos portugueses com maior património.
1 / 4
A fortuna de Belmiro de Azevedo, avaliada segundo a revista ‘Exame’ em mais de 1,3 mil milhões de euros, dava para pagar o salário mínimo nacional (557 euros) a 166 mil trabalhadores durante um ano. Ou seja, num mês pagaria aquela retribuição a 2,3 milhões de portugueses.
O património do empresário sempre lhe valeu os lugares cimeiros no top dos mais ricos de Portugal. Só na última edição daquela listagem, Belmiro caiu para a quarta posição, ultrapassado pela família Amorim (3,8 mil milhões), por Alexandre Soares dos Santos (2,5 mil milhões) e pela família Guimarães de Mello (1,4 mil milhões).
Segundo a última edição da revista norte-americana ‘Forbes’, que todos os anos publica a lista dos mais ricos do Mundo, Belmiro estava na 1376 posição, com menos um milhão de euros de património em virtude da desvalorização das várias empresas cotadas em Bolsa.
A riqueza e o temperamento de Belmiro sempre dividiram a classe política portuguesa. Ontem, essa divisão ficou patente quando a Assembleia da República aprovou um voto de pesar pela morte do empresário manifestando "total solidariedade" à família e amigos. A esquerda dividiu-se com os comunistas a votarem contra, o Bloco e os Verdes a absterem-se e o Partido Socialista a votar a favor com os sociais-democratas e os centristas.
"A Sonae está hoje presente na Comunicação Social, telecomunicações, retalho, desenvolvendo ao mesmo tempo, através da sua fundação, uma obra social muito assinalável nos domínios da educação, cultura e solidariedade", lê-se no texto proposto pelo próprio presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues. Para o Presidente da República, Belmiro foi uma "figura marcante do nosso meio empresarial e da sociedade portuguesa, em termos de liderança, determinação e visão de futuro".
Dois multimilionários morrem em 4 meses
Conhecido como o ‘rei da Cortiça’, consta que só teve sapatos na primeira classe. Na história empresarial fica também ligado à banca e a alguns dos maiores negócios das últimas décadas, como a fundação do BCP ou da Telecel (Vodafone), e a privatização da Galp. As filhas Paula, Marta e Luísa são as sucessoras.
Tal como Belmiro de Azevedo, Américo Amorim subiu a pulso e construiu um império. Belmiro de Azevedo, filho de pai carpinteiro e de mãe costureira, era um homem de fé. "Pode enriquecer-se de forma honesta e não tenho quaisquer remorsos", disse ao ‘Expresso’ em 2008.
NÚMEROS
1965 ano em que Belmiro de Azevedo é contratado para a Sonae, aos 26 anos, para o cargo de diretor de Investigação e Desenvolvimento e inicia reformas na produção da empresa.
1985 foi o ano em que a Sonae abriu o primeiro hipermercado em Portugal: o Continente de Matosinhos. O stock acabou no primeiro dia e o número de entradas passou a ser limitado nos primeiros meses.
1998 foi o ano em que o grupo lançou a Optimus num setor até então liderado por duas operadoras. Em 2006 a Sonae lança uma OPA sobre a Portugal Telecom, que foi altamente mediatizada e que acabou chumbada por influência do governo de José Sócrates.
90 países de todos os continentes têm instaladas empresas do Grupo Sonae. A empresa conta com cerca de 44 mil trabalhadores. É um dos maiores empregadores em Portugal. Em 2016, a Sonae teve um volume de negócios de 5376 milhões e um lucro de 133 milhões.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.