Empresário que era um dos homens mais ricos de Portugal tinha 79 anos.
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Morreu Belmiro de Azevedo, um dos homens mais ricos de Portugal. O empresário português tinha 79 anos e estava doente há vários meses. O empresário liderou Grupo Sonae, transformando-o num dos maiores e mais importantes do país, até 2007 quando o filho, Paulo Azevedo, assumiu a presidência.
Belmiro de Azevedo distinguido com Prémio Carreira.mp4
Belmiro manteve-se como presidente do conselho de administração da Sonae até 2015, data em que se desligou da gestão da empresa. Era considerado, na altura, o segundo homem mais rico de Portugal - só atrás de Américo Amorim, que também morreu em 2017. Segundo a revista Forbes, teria, neste momento, uma fortuna avaliada em 1,7 mil milhões de euros. O velório realizou-se na Paróquia de Cristo Rei, no Porto, esta quarta-feira, dia 29 de novembro, a partir das 20 horas.
Várias personalidades já reagiram à morte de Belmiro de Azevedo.
O mais velho dos oito filhos de um carpinteiroBelmiro de Azevedo nasceu em Tuías, Marco de Canavezes, em 1938. Era o mais velho dos oito filhos do carpinteiro Manuel de Azevedo e da costureira Adelina Ferreira Mendes.
Começou mal a escola primária – foi obrigado a repetir a primeira classe - mas o professor que apanhou a seguir fê-lo dar o salto, tanto que completou os quatro anos da instrução básica em apenas três.
Fez o liceu no Alexandre Herculano, no Porto, onde se destacou com aluno brilhante. Vivia então com o tio e padrinho, Belmiro, a quem deve o nome.
Concluído o ensino secundário, ingressou em Engenharia Química na Universidade do Porto, curso que viria a concluir com 16 valores, em 1964.
Nesta altura, Belmiro de Azevedo jogava andebol no clube da universidade, tendo sido depois atleta do FC Porto. Da sua formação constam também as especializações em gestão de empresas nas prestigiadas universidades americanas de Harvard (1975) e Stanford (1985).
De estudante-trabalhador a patrão da Sonae
Belmiro de Azevedo começou a carreira profissional no 6º ano do curso. A EFANOR (Empresa Fabril do Norte) foi o seu primeiro empregador. Casou-se, nessa altura, com Maria Margarida Carvalhais Teixeira de Azevedo, licenciada em Farmácia. Do casamento nasceram três filhos: Nuno, Paulo e Cláudia.
Foi em janeiro de 1965 que Belmiro de Azevedo entrou na Sonae (Sociedade Nacional de Aglomerados e Estratificados). Assumiria o comando da empresa em 1974 quando o patrão, Pinto de Magalhães, se viu obrigado a sair do país, durante o PREC.
É sob a sua liderança que a Sonae passa de uma empresa que fabricava laminados decorativos e aglomerados de madeira a líder da área química e depois um gigante com interesses no retalho (com as lojas Continente), as Telecomunicações (Optimus e depois a NOS), Media (jornal Público) e outras áreas.
Morreu Belmiro de Azevedo, o homem que fez da Sonae um império
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