Este é o ritmo de crescimento mais elevado desde 2000.
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A economia portuguesa cresceu 2,7% no conjunto de 2017, o ritmo de crescimento anual mais elevado desde 2000 e mais 1,2 pontos percentuais do que no ano anterior, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com a estimativa rápida divulgada hoje, a aceleração do crescimento no ano passado - recorde-se que a economia portuguesa tinha crescido 1,5% no conjunto de 2016 - resultou do "aumento do contributo da procura interna, refletindo principalmente a aceleração do investimento, uma vez que a procura externa líquida apresentou um contributo idêntico ao registado em 2016".
Este é também o ritmo de crescimento mais elevado desde 2000, sendo que nesse ano a economia subiu 3,8% e desde então que, quando cresceu, foi sempre a ritmos inferiores a 2,7%.
Já no que diz respeito apenas ao quarto trimestre de 2017, o PIB aumentou 2,4% em termos homólogos, abrandando ligeiramente face aos três meses anteriores (2,5% no terceiro trimestre).
"O contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu, em resultado do abrandamento do investimento e do consumo privado. Em sentido oposto, o contributo da procura externa líquida foi positivo (no trimestre anterior tinha sido negativo), refletindo a aceleração em volume das exportações de bens e serviços e a desaceleração das importações de bens e serviços", explica o INE.
Nos últimos três meses do ano, o PIB avançou 0,7% face ao período entre julho e setembro, "uma taxa superior em 0,2 pontos percentuais à registada no trimestre anterior".
O INE justifica a variação em cadeia com o contributo da procura externa líquida, que "passou de negativo a positivo", e com "uma aceleração mais intensa das exportações de bens e serviços, que das importações de bens e serviços".
"O contributo da procura interna diminuiu no quatro trimestre, devido sobretudo ao abrandamento do consumo privado", termina o INE.
O crescimento do PIB fica ligeiramente acima da última previsão do Governo para o conjunto do ano passado, que era de 2,6%, mas acabou por ser mais favorável do que o crescimento de 1,5% previsto inicialmente pelo Ministério das Finanças no Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), acabando por ter um impacto positivo na frente orçamental.
Os dados divulgados hoje coincidem com a média das estimativas recolhidas pela agência Lusa, que apontavam para um aumento de 2,7% em termos anuais e 2,4% no quarto trimestre em termos homólogos.
PIB sobe com "maior equilíbrio" das contas públicas e externas
O Ministério das Finanças considerou hoje que o crescimento económico em 2017 acontece num contexto de "maior equilíbrio" das contas públicas, que foram "geridas criteriosamente", e das contas externas.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje que a economia portuguesa cresceu 2,7% no conjunto de 2017, o valor de crescimento mais elevado desde 2000, e acelerando face ao ano anterior, ao avançar mais 1,2 pontos percentuais do que o crescimento de 1,5% registado em 2016.
Já no que diz respeito apenas ao quarto trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,4% em termos homólogos, abrandando ligeiramente face aos crescimento homólogo de 2,5% registado no trimestre anterior, e aumentou 0,7% em cadeia, uma aceleração de 0,2 pontos percentuais face ao terceiro trimestre.
"A economia portuguesa cresce pelo 15.º trimestre consecutivo, mas agora num contexto de maior equilíbrio das contas públicas e das contas externas", destaca o ministério tutelado por Mário Centeno, num comunicado enviado às redações.
As Finanças salientam ainda que "o crescimento robusto do PIB acompanha uma evolução sólida do mercado de trabalho", recordando que a taxa de desemprego caiu para 8,1% no ano passado.
"O Governo destaca que este crescimento económico é socialmente mais equitativo, assente na criação de emprego e numa gestão criteriosa das contas públicas", lê-se na nota divulgada.
Para o Ministério das Finanças, este crescimento corrobora "a solidez dos cenários macroeconómicos subjacentes às projeções orçamentais", já que fica 0,1 pontos percentuais acima da última previsão do Governo para o crescimento do PIB em 2017 (e que foi conhecida em outubro, aquando da apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2018).
Legislação laboral e dinamismo das empresas explicam crescimento
A presidente do CDS-PP atribuiu hoje ao dinamismo das empresas e à legislação laboral o crescimento da economia, renovando o apelo ao Governo para que não altere as leis do trabalho, apesar das "pressões sucessivas" das "esquerdas radicais".
"Este crescimento alcança-se com uma legislação laboral que até agora não tem sido alterada e que nós esperamos que o Governo resista a alterá-la, apesar das pressões sucessivas por parte das esquerdas mais radicais para que haja mudanças nesta área", defendeu Assunção Cristas.
Durante uma visita ao Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas, em Lisboa, a líder centrista argumentou também que os números do crescimento económico "estão associados ao grande trabalho de muitas empresas quer nacionalmente, que investem arriscando o seu capital", quer "aquelas que procuram no mundo inteiro formas e oportunidades para expandir o seu negócio".
"Aqui temos a prova provada de que é possível crescer economicamente, criar emprego, baixar o desemprego, com uma legislação com estabilidade", vincou Assunção Cristas.
BE diz que crescimento prova que Governo tem de "ir mais longe" nos rendimentos e direitos
A vice-presidente da bancada parlamentar do BE Mariana Mortágua afirmou hoje que os dados sobre crescimento económico provam que o Governo socialista tem de "ir mais longe" na "devolução de rendimentos e direitos".
"O crescimento só é sustentável assente em bons salários, emprego estável e serviços públicos e qualidade de vida porque só esse dá condições de futuro. É por isso que nos temos de empenhar em garantir os direitos das pessoas. É a prova de que a direita estava errada, mas também um alerta para o Governo, que tem de ir mais longe", nomeadamente em proteção de direitos laborais, disse a dirigente bloquista, em declarações aos jornalistas, no parlamento.
A economia portuguesa cresceu 2,7% no conjunto de 2017, o ritmo de crescimento anual mais elevado desde 2000 e mais 1,2 pontos percentuais do que no ano anterior, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
"Sempre dissemos que a austeridade é uma má política económica. Sempre lutámos por esta alteração de política e ela resulta. Há mais investimento, emprego e consumo porque há mais rendimentos, que foram devolvidos, numa mudança de política económica. Sempre o soubemos até contra algum ceticismo do Governo, que continuava como continua a não querer ir tão longe na devolução de rendimentos", insistiu a deputada bloquista.
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