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Joe Berardo vende posição na Sogrape à família Guedes

A família Guedes e Joe Berardo anunciaram esta ter chegado a acordo para a venda dos cerca de 31,5 por cento do capital que o empresário detinha na Sogrape àquela família.<br/><br/>

27 de setembro de 2012 às 12:13

"Este acordo põe um termo a todas as questões judiciais pendentes entre as partes, criando condições para que quer a Sogrape, quer a Bacalhoa, continuem as suas rotas de crescimento de acordo com os respectivos planos de desenvolvimento", lê-se num comunicado emitido.

A mesma nota acrescenta que "este acordo servirá também para melhorar o bom relacionamento institucional entre os dois grupos".

A família Guedes e Joe Berardo vinham há vários anos travando uma luta judicial pelo controlo da Sogrape desde que, em Julho de 2006, o comendador adquiriu 31,5 por cento da empresa de vinhos, através da aquisição das quotas da família Carmo.

Salvador Guedes considerou que a operação correspondia à aquisição de uma posição minoritária que, "em termos práticos, não traz[ia] qualquer alteração a nível organizacional, estratégico e de políticas [de negócio] das empresas operacionais do grupo Sogrape".

Neste contexto, a Sogrape procurou sempre limitar uma possível interferência do novo accionista na orientação estratégica e na actividade da Sogrape, impossibilitando assim a criação de sinergias com as restantes empresas de Berardo no sector.

Recorde-se que o comendador é proprietário da Quinta da Bacalhoa (que no seu portfólio possui vinhos como o JP, Catarina, Palácio da Bacalhoa, Quinta da Bacalhoa, Tinto de Ânfora e Moscatel de Setúbal) e das Caves Aliança (com vinhos como Quinta do Quatro Ventos, T Quinta da Terrugem, Alabastro e vários espumantes).

Já a Sogrape é responsável pelo Barca Velha, Mateus Rosé, Grão Vasco, Gazela e vários vinhos do Porto.

Em Janeiro de 2010, o Tribunal do Comércio de Gaia recusou o pedido de Salvador Guedes, administrador da produtora do Mateus Rosé, para excluir o empresário de accionista.

"Agora o que temos que fazer é sentarmo-nos à mesa e falarmos, a vida é tão curta para estas coisas", afirmou na altura Joe Berardo, manifestando-se então "disponível para vender, para comprar e, preferencialmente, para continuarem juntos o negócio".

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