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"Nenhuma responsabilidade pode ser assacada aos supervisores"

Ex-administrador não executivo da Espírito Santo Financial Group (ESFG), João Martins Pereira, denuncia "deficiências gravíssimas a nível formal e substancial na ESI"

12 de fevereiro de 2015 às 19:23

O antigo responsável pelo departamento de compliance do BES e ex-administrador não executivo da Espírito Santo Financial Group (ESFG), João Martins Pereira, afirmou no Parlamento que "nenhuma responsabilidade pode ser assacada aos supervisores" em Portugal sobre o que aconteceu à ESI, antiga casa mãe do GES.

 

"Havia deficiências gravíssimas a nível formal e substancial na ESI", adiantou João Martins Pereira aos deputados da comissão de inquérito ao BES.

 

"O problema é saber se haveria algum meio de elas serem detetadas", ressalvou.

 

O ex-administrador da ESFG sublinhou que "nenhuma responsabilidade pode ser assacada aos supervisores que não têm poder sobre jurisdições que não reguladas". Recorde-se que a ESI estava sediada no Luxemburgo e respondia à legislação daquele país.

 

João martins Pereira garantiu aos deputados que nos onze anos em que esteve naquele grupo [BES] nunca ouviu "nem declarada nem veladamente qqualquer afirmação ou intenção de iludir o que quer que fosse, nem clientes nem acionistas".

 

O ex-administrador executivo da ESFG, a quem Ricardo Salgado pediu ajuda para reestruturar a ESI, deixou ainda uma explicação para o colapaso do GES, que arrastou consigo o BES: "Creio que foi uma inevitabilidade da estrutura de controlo fracas que foram sobrepostas ao longo do tempo."

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