Ministro comunicou aos seus homólogos que não será candidato a um segundo mandato.
O ministro Mário Centeno comentou hoje que "todas as coisas boas têm um fim", no final de uma reunião de ministros das Finanças da zona euro na qual comunicou aos seus homólogos que não será candidato a um segundo mandato.
Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião, celebrada por videoconferência, Centeno indicou que informou os ministros sobre "os procedimentos para a eleição do próximo presidente do Eurogrupo", adiantando que "a abertura oficial de candidaturas será lançada em breve pelo Conselho, e os ministros terão até 25 de junho para enviar as cartas de motivação a apoiar as respetivas candidaturas", com a eleição a ter lugar no início de julho.
"Informei os meus homólogos que não me candidatarei a um segundo mandato. Continuarei presidente até ao final do meu mandato, que é 12 julho. Todas as coisas boas têm um fim. Mas ainda me verão no nosso encontro de julho. Será um 'grand finale', com uma agenda preenchida e a eleição do novo presidente", declarou.
Questionado, pela imprensa espanhola, sobre se gostaria de ver suceder-lhe uma mulher, designadamente a ministra espanhola Nadia Calviño, apontada como uma das favoritas à 'corrida' agora lançada para a liderança do Eurogrupo, Centeno escusou-se "especular sobre quaisquer nomes ou tipo de candidatos" e lembrou mesmo que nem sequer votará, pois na próxima reunião no início de julho -- ainda sem data 'fechada' -- já não será ministro em exercício. O voto de Portugal será já exercido por João Leão, que toma posse do cargo na próxima segunda-feira.
"Há imensa qualidade entre os ministros das Finanças no Eurogrupo neste momento [...] Podemos dar por adquirida a qualidade do próximo presidente", limitou-se a comentar.
Depois do 'coro' de elogios que se ouviu um pouco por toda a Europa por ocasião do anúncio da sua saída, na passada terça-feira, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, reforçou hoje o reconhecimento generalizado ao trabalho de Centeno ao longo dos dois últimos dois anos e meio.
"Houve um ponto em que o Eurogrupo atingiu unanimidade hoje, que foi em reconhecer o excelente trabalho de Mário Centeno como presidente nestes dois anos e meio", declarou.
Dirigindo-se a Centeno, Gentiloni disse considerar pessoalmente que a sua liderança "foi absolutamente notável", e voltou a lembrar aquele que é apontado como um dos feitos do seu mandato, quando em 09 de abril passado, ao fim de uma 'maratona' negocial, "o Eurogrupo surpreendeu os céticos e atingiu um acordo" sobre um pacote de resposta de emergência à crise da covid-19, no montante de 540 mil milhões de euros.
"Não é a última reunião, por isso ainda não é altura de dizer adeus, mas já é altura de dizer 'muito obrigado', Mário", concluiu, com as palavras de agradecimento pronunciadas em português.
Eleito em 04 de dezembro de 2017 para a presidência do Eurogrupo, por um período de dois anos e meio, Centeno anunciou esta semana que deixa a pasta das Finanças no Governo, pelo que despedir-se-á do cargo em julho, tornando-se o primeiro presidente do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro a cumprir apenas um mandato.
Centeno foi o terceiro presidente do Eurogrupo, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker (2005-2013) e do holandês Jeroen Dijsselbloem (2013-2018).
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