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Artigo exclusivo

Tudo pronto para casamento real em Mafra

Francisca foi pedida em casamento no ponto mais alto de Timor.

17 de setembro de 2023 às 01:30

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Cerimónia terá lugar no Palácio Nacional de Mafra
Cerimónia terá lugar no Palácio Nacional de Mafra Marisa Cardoso
Duarte de Sousa Araújo Martins é advogado
Duarte de Sousa Araújo Martins é advogado DIREITOS RESERVADOS
Maria Francisca
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Na Basílica do Palácio Nacional de Mafra, às três da tarde do mês que lembra a República, casa-se a bisneta do absolutista Dom Miguel, filha de Isabel de Herédia e Duarte Pio de Bragança. Irmã do meio de Afonso e de Dinis. Como manda a tradição, Maria Francisca de Bragança, que tem nome completo difícil de ser decorado (Maria Francisca Isabel Micaela Gabriela Rafaela Paula), veio ao mundo na segunda-feira 3 de Março de 1997, em Lisboa, e se Portugal, um dia, fizesse o pino e regressasse à monarquia, a noiva encontra-se em terceiro lugar na linha de sucessão ao trono. Formada em Comunicação Social e Cultural pela Universidade Católica, fez estágio numa empresa ligada à saúde e, a seguir, trabalhou numa agência de marketing digital, Francisca cumpre o lema que os pais lhe incutiram: fazer o que, de facto, gosta. Pinta, fotografa, faz ginástica, exercício, já praticou equitação e vela e trocou quase tudo pela ioga. Conheceu, há anos, as cidades São Paulo e o Rio de Janeiro e fascinou-se pela selva amazónica. Mas o coração bate mais em Timor. Foi o pai que lhe passou esse amor. Apoiantes, ou não, da coroa e de palácios, a esta verdade não se foge de maneira nenhuma; o Duarte Pio de Bragança defendeu a causa da justiça e da liberdade do Povo timorense durante os terríveis longos 24 anos de ocupação indonésia. Talvez por essa ligação tão profunda, que, inclusive, concedeu ao pai a cidadania timorense, o pedido de casamento de Francisca, em Dezembro passado, aconteceu no monte Ramelau, o ponto mais alto de Timor, 2963 metros de altura, imagine-se. Ser jovem e estar apaixonado é um sem-fim de forças. Dispensam-se cadeiras e bombas da asma. Subiu com o noivo, Duarte Martins, às três da manhã para chegarem a tempo do Sol a espreitar o horizonte. Como ditam as regras, o jovem ajoelhou-se, olhou para a cara da namorada, numa mão tinha um anel, pediu-lhe em casamento e Francisca disse sim. Com a mãe, Isabel de Herédia, o noivado não teve logo resposta afirmativa. Duarte de Bragança viu-se grego. A amada disse-lhe que precisava de pensar. Pensou. E à segunda foi de vez. Tal como a mãe, também Francisca levará a tiara que pertenceu à última rainha de Portugal, D. Amélia. Ao contrário do que fora anunciado, a cerimónia da boda não se vai realizar no mesmo local onde os seus pais se casaram, Mosteiro dos Jerónimos, mas, sim, no Convento de Mafra, ao que se sabe, para caber mais convidados. Muito embora ninguém na casa de Francisca vote nas eleições presidenciais por discordar que Portugal tenha como a primeira figura de Estado o Presidente, e de a própria Francisca apoiar monarquia parlamentar, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu convite.

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