Factos de que era acusado já prescreveram. Antigo colaborador de Carlos Cruz, desaparecido há oito anos, vive em Bilbau num quarto alugado.
A directora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, Maria José Morgado, disse ontem ao CM que "os factos estão prescritos", no processo em que o antigo assistente de Carlos Cruz, Carlos Mota, de 74 anos, é arguido por indícios da prática de crimes de abuso sexual de menores e lenocínio (auxílio à prostituição).
"O tempo existe e produz os seus efeitos", acrescentou a magistrada sobre o processo relativo a factos ocorridos entre 1998 e 2001 e que, em Setembro do ano passado, permanecia pendente na 2ª sessão do DIAP, liderada pelo procurador João Guerra.
Livre da Justiça, o antigo assistente de Carlos Cruz – que em Fevereiro de 2003 disse: "Se Cruz é pedófilo, eu também sou" – deu uma entrevista ao semanário ‘Sol’ em que afirma que desapareceu há oito anos "por uma questão de protecção pessoal".
É já depois da fuga, em 2003, que Carlos Mota se torna argui-do num processo extraído do megaprocesso da Casa Pia, ao ser referenciado por alguns menores.
Também o ex-motorista Carlos Silvino, ‘Bibi’, numa carta enviada ao juiz Rui Teixeira em Fevereiro de 2004, denuncia Carlos Mota e afirma ter conhecido Carlos Cruz por seu intermédio. Agora, na entrevista ao ‘Sol’, Carlos Mota diz que Silvino "é mentiroso". Sobre a acusação dos ex-alunos da Casa Pia, sublinha que só o referiram depois de o verem na televisão.
"Nunca fui a casa nenhuma, nunca estive com o Carlos em nenhuma situação dessas e nunca tive indícios de o Carlos alguma vez estar nessa situação", referiu.
Carlos Mota vive num quarto alugado próximo da cidade de Bilbau, em Espanha, com uma pensão de sobrevivência de cerca de 200 euros, assegurada pelo Estado espanhol. Fugiu de Portugal quando foi tornado público um processo, que já está arquivado, em que era acusado de abusar de duas meninas de Odemira. Carlos Cruz viria então a despedi-lo.
CARLOS CRUZ QUER OUVIR MOTA EM TRIBUNAL
A defesa do antigo apresentador de televisão Carlos Cruz pondera ouvir o seu antigo assistente, Carlos Mota, agora encontrado pelo semanário ‘Sol’ em Espanha. Ricardo Sá Fernandes disse ao CM que está a estudar a possibilidade de requerer essa audição junto do Tribunal da Relação de Lisboa. "Ao longo do processo, sempre defendemos que temos todo o interesse em ouvir Carlos Mota", referiu Ricardo Sá Fernandes. Ao jornal ‘Sol’, Carlos Mota afirmou: "Carlos Cruz deixou de falar comigo", acrescentando que o apresentador o indemnizou para o despedir.
CONDENADOS POR ABUSOS SEXUAIS
O acórdão do julgamento da Casa Pia foi lido a 3 de Setembro último, e seis dos sete arguidos foram condenados a penas de prisão efectiva – apenas a dona da casa de Elvas, Gertrudes Nunes, foi absolvida. O processo está agora na fase de recursos no Tribunal da Relação de Lisboa. Recorde-se que a maioria das penas aplicadas, por serem inferiores a oito anos de prisão (com excepção de Carlos Silvino, que apanhou 18 anos), não permite recurso para o Supremo Tribunal de Justiça.
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