"Fui espancada no pátio da minha casa pelo motorista Afonso. Andei a rebolar pelo chão. O Jorge Nuno também me deu dois estalos. A minha irmã, grávida de três meses, levou um pontapé na barriga do segurança Nuno Santos, felizmente que nada aconteceu ao bebé”, contou ontem à tarde Carolina Salgado, ao CM, exibindo as marcas das agressões no pescoço e na anca. Faz questão de revelar, assim, as agressões de que se diz vítima por parte do ex-companheiro, o presidente do FC Porto.
Os incidentes terão ocorrido cerca das 16h30, quando Carolina e a irmã chegavam a casa, na Madalena, Gaia. À porta estariam estacionadas duas viaturas que rapidamente identificou, sobretudo a Opel Zafira do FC Porto. “Eles estavam a retirar de casa os quadros e objectos que entendiam. E se há coisas que são do sr. Pinto da Costa, há outras que foram adquiridas em conjunto e outras apenas minhas”, diz Carolina Salgado.
E, segundo a ex-companheira do presidente do FC Porto, foi quando tentou interceptar o motorista Afonso que transportava uns tabuleiros com faqueiros que o caldo se entornou. Carolina não gostou de ver a sua empregada a ser maltratada e pediu explicações. “Foi então que fui agredida e atirada ao chão. E ainda me ameaçou com uma chave entre os dedos, dizendo que me furava um olho”, conta, ainda nervosa.
Carolina Salgado diz que a GNR de Canidelo foi chamada à residência, onde recolheu a queixa e outros testemunhos, acompanhando depois a queixosa e a irmã ao Hospital de Santos Silva, em Gaia, a fim de receber tratamento. A irmã de Carolina foi observada pela Obstetrícia, que confirmou que nada tinha acontecido ao bebé. O CM contactou a GNR de Canidelo mas o guarda de serviço disse não estar dentro do caso.
“Desde Dezembro que ele andava diferente, eu sabia que ele me andava a trair. Desligava o telemóvel, eu não o conseguia contactar dias seguidos. Sei que reatou com a Maria Elisa. Cheguei a receber no meu telemóvel uma foto deles juntos em Londres. E sei que esteve com ela quando foi ver o Chelsea-Barcelona. Pois que seja muito feliz e que me deixe em paz, que não infernize a minha vida. Eu tenho medo, pois sei do que ele é capaz de fazer”, diz Carolina Salgado.
Carolina recorda que foi Jorge Nuno quem lhe confessou querer acabar com a relação, no dia 5 de Março. “Ainda na semana anterior andávamos a ver a iluminação para a casa nova e ele veio com aquela conversa de separação”, afirma, surpresa.
A ex-companheira de Jorge Nuno Pinto da Costa assume ainda que era o companheiro quem pagava o ordenado da empregada e que ela própria recebia uma verba que lhe era paga por ser funcionária da Imobiliária de Cedofeita, pertença de Pinto da Costa, que, de resto é a proprietária da casa da Madalena. “Eu vou para o meu apartamento e deixo esta casa. Só não digo quanto era o meu ordenado”, afirma.
Assume que viveu maritalmente com Pinto da Costa durante seis anos mas que a esse tempo se deve somar mais um ano em que foram discretos. “Vivi momentos bons e maus. Agora, ele está a fazer-me o que fez com as outras antigas mulheres dele. Se calhar, a esta hora, está a arranjar um médico que testemunhe que ele é que foi agredido por mim, como fez com a ex-mulher, Filomena.”
Carolina Salgado diz-se aterrorizada e temer pela sua integridade física. “Jorge Nuno e os seus capangas são capazes de tudo. Eu nunca tinha tido um ataque de pânico como hoje. No hospital cheguei a pensar que o médico estava feito com ele e me ia dar uma injecção para me matar. Estou a revelar esta situação para minha própria segurança”, diz.
Já quanto a outros segredos da vida profissional e pessoal do ex-companheiro, Carolina é peremptória: “Esses não vou contar nunca.”
Carolina não encontra explicação para a mudança de atitude de Pinto da Costa, quando tudo apontava para uma separação com dor mas pacífica. “Não sei por que passou a tratar-me com agressividade, há cerca de uma semana a esta parte”, afirma Carolina. “Espero que esta minha denúncia de violência possa ajudar outras mulheres, vítimas de maus tratos de senhores com muito poder”, desabafa.
"NÃO É HOMEM PARA ISSO"
Filomena Morais, ex-mulher de Pinto da Costa que o acusou da mesma atitude – em Julho de 2003 apresentou queixa devido a “uma valente estalada” e contou o caso ao CM –, mostra-se agora surpreendida com a notícia da alegada agressão a Carolina Salgado. “Não faço a menor ideia do que se passou. Não tenho o mínimo de contacto com ele e acho assim uma história... Bateu-lhe a que propósito? Ela apresentou queixa? Ainda hoje ele esteve com a minha filha e ela não me disse nada. Ela costuma estar com o pai todos os dias...”.
Filomena Morais realça que a filha, Joana, 18 anos, não se dá com a ex-companheira de Pinto da Costa e que a relação entre pai e filha até melhorou aquando da separação de Carolina Salgado. “Eles [Pinto da Costa e Carolina Salgado] já não vivem juntos há muito tempo e a partir desse momento é que a Joana começou a ter boas relações com o pai. Muitas vezes até vão ao futebol juntos”.
Apesar de Filomena também ter sido vítima de agressão e do caso do pagamento de pensões a ela e à filha ter feito manchetes, hoje diz que fala com Pinto da Costa o “estritamente necessário” e até o defende. “Não sei o que o terá motivado. Ele não é homem para isso”.
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