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"O voto útil empobrece a democracia": António Filipe considera que eleitores devem votar no candidato em que acreditam

Para António Filipe, as pessoas que votam seguindo a estratégia do voto útil "depois arrependem-se".

23 de dezembro de 2025 às 20:52

O candidato presidencial António Filipe reiterou, esta quarta-feira em entrevista à CMTV, que avançou porque "faltava uma candidatura à esquerda" e rejeita a ideia do voto útil, pois "empobrece a democracia".

"Não considero que António José Seguro seja o candidato da esquerda", disse António Filipe, associando o oponente, bem como Marques Mendes e Gouveia e Melo a um grupo "neoliberal" de "subordinação ao poder económico", com o qual não se revê.

Candidato recordou que surgiram outras candidaturas à esquerda depois da própria que, segundo Filipe, "não contribuem para a convergência":

E destacou: "o voto útil empobrece a democracia". Para António Filipe, as pessoas que votam seguindo a estratégia do voto útil "depois arrependem-se". "A primeira volta é para se votar no candidato em que acredita, caso contrário está a abdicar do direito de voto", disse o candidato.

Questionado sobre vários temas, desde a lei laboral ao envio de militares portugueses para a Ucrânia, António Filipe demonstrou alguns dos princípios que regem a sua ação política.

Na lei labora, considerou que há certas "disposições que põem em causa o princípio constitucional da segurança no emprego e conciliação entre a vida profissional e familiar". Como tal,  levaria o diploma ao Tribunal Constitucional.

Já na saúde, António Filipe afirmou que a prioridade deveria ser "investir no serviço de saúde público e reter profissionais", bem como "valorizar carreiras".

A lei da eutanásia seria promulgada, caso Filipe fosse Presidente da República, apesar de "discordâncias" que teve com a mesma.

Sobre a questão da guerra na Ucrânia, António Filipe concordou que só se deveria enviar tropas portuguesas para Kiev, num momento de paz. "Em tempo algum devemos enviar militares portugueses para um cenário de guerra", assegurou o candidato, notando que o assunto apresentado em declarações do primeiro-ministro "é uma antecipação excessiva".

Quanto às sondagens, não manifestou grande preocupação, pois não faz "política de calculadora na mão". "Se tivesse preocupado com sondagens não estava aqui. Olho para as sondagens, mas não me deixo impressionar", concluiu.

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