Modelo revelou publicamente a sua história de vida e conta o que sofreu nas mãos da progenitora.
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Uma mulher de 33 anos que foi abusada sexualmente pela mãe quando era criança revelou ter desenvolvido uma dependência por sexo à medida que foi crescendo e se tornou adulta.
Apesar de se ter tornado uma modelo de sucesso e de já ter viajado por todo o mundo, Nikki DuBose tem vários problemas relacionados com a sua vida sexual, e garante que os mesmos se devem ao facto de ter sofrido nas mãos da mulher que supostamente a deveria proteger.
A jovem cresceu no estado norte-americano da Carolina do Norte e garante que desde sempre manteve uma "relação próxima mas complicada" com a mãe, Sandy. Nikki nasceu em 1985, quando a progenitora engravidou dela ainda adolescente, aos 17 anos.
Os pais da jovem separaram-se quando esta tinha apenas dois anos, depois de o seu pai ter sido condenado a uma pequena pena de prisão. De acordo com o jornal The Sun, Sandy sempre foi uma mulher com vários problemas mentais, incluindo uma desordem bipolar e bulimia, problemas agravados com o vício do alcoolismo.
Os abusos sexuais começaram quando a mãe de Nikki lhe media constantemente a temperatura através do ânus, uma prática comum utilizada nas crianças até aos três anos de idade. À medida que a menina foi crescendo, a mulher começou a tocar-lhe na vagina e nos seios, muitas das vezes com beliscões, alegando "preocupação maternal". "Eu tinha nove anos, na altura pensei que era apenas a minha mãe a ser minha mãe. Eu não percebia nada do que se estava a passar", confessou a modelo norte-americana.
Quando atingiu a puberdade, os abusos pioraram. "Aos 13 anos ela obrigava-me a vê-la a masturbar-se e a fazer outros atos sexuais. Chegou mesmo a convidar-me a fazer o mesmo e tocava-me de formas inadequadas. Apalpava-me os seios e dava palmadas nas minhas nádegas, e dizia que era uma piada", acrescentou.
Nessa altura Nikki já percebia que algo de errado se passava mas nunca contou nada a ninguém. Até que um dia, os abusos sexuais deixaram de acontecer apenas dentro de casa, e Sandy obrigou a filha a "namoriscar" com homens adultos na Internet e a levou para bares, expondo-a ao álcool e ao mundo da prostituição.
Apesar de os abusos terem terminado quando Nikki tinha 13 anos, a jovem não conseguiu superar o trauma e começou a desenvolver um distúrbio alimentar, que piorou quando esta se mudou para Nova Iorque no início dos anos 2000 para começar a sua carreira de modelo. "Eu vomitava o dia todo na casa de banho e corria durante horas para perder peso. Os meus pais tinham consciência de que eu estava doente, mas enquanto que o meu pai só gritava comigo por não compreender o problema, a minha mãe nunca se preocupou que eu estivesse bem", afirmou.
Mas esta não foi a única sequela que os abusos vividos em criança deixaram na vida de Nikki. A mulher de 33 anos desenvolveu um vício pelo sexo, saltando constantemente de relação em relação, sem conseguir assentar com nenhum homem. "Durante a minha adolescência eu estava com vários rapazes ao mesmo tempo e achava isso normal. A minha cabeça pensava de uma forma muito sexual e isso deve-se à minha experiência em criança", conta.
Enquanto a jovem investia na sua carreira de modelo, os transtornos psicológicos de Sandy foram piorando de dia para dia. Em 2012, Sandy, na altura com 45 anos, fugiu com o então namorado e os dois morreram num acidente de carro. Desde então que Nikki deixou a profissão de modelo para se dedicar inteiramente ao ativismo contra os abusos sexuais infantis e chegou mesmo a lançar um livro sobre a sua história de vida.
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