Homem recebeu 518 mil euros sem exercer funções no trabalho.
Joaquín García, engenheiro na autarquia de Cádiz, não exerceu as suas funções durante 14 anos e conseguiu manter o ordenado anual bruto de 37 mil euros.
O homem, de 69 anos, começou a trabalhar para a autarquia em 1990 e foi nomeado como director técnico da área ambiental, cargo que manteve até 1996. Foi Jorge Blas Fernández, actual senador do PP e vice-presidente da autarquia de Cádiz entre 1995 e 2015 que o contratou. "Demos-lhe um escritório no edifício das Águas de Cádiz e ali ficou. Até que um dia, lembrei-me dele e pensei: Onde estará este homem? Continuará lá? Estará reformado? Falecido? Como continuava a receber o salário, comecei a fazer diligências" contou, ao jornal El Mundo
Os trabalhadores das Águas de Cádiz disseram não ver Joaquín há anos e, por isso, acharam que o engenheiro tinha regressado à autarquia, avança o mesmo jornal.
Fernández, que inicialmente procurava Joaquín para lhe entregar uma placa de 20 anos na empresa, acabou por perceber que o ‘empregado-fantasma’ não exerceu funções entre 1996 e 2010, continuando a receber por ano 37 mil euros.
O funcionário, cunhado de um antigo candidato do PSOE à câmara de Cádiz, garante que foi vítima de "mobbing" no local de trabalho e que nunca deixou de exercer as suas funções. Acabou por ser condenado a pagar quase 27 mil euros.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.