Administrador hospitalar condenado por burla em Macau.
A atuação de Rui Sá, ex-administrador hospitalar, condenado há duas semanas em Macau, por burlas com medicamentos, vai ser passada "a pente fino" pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), organismo financeiro do Ministério da Saúde.
Rui Sá integrava o Grupo de Trabalho de Combate às Irregularidades Praticadas nas Áreas do Medicamento e dos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, sob a alçada da Administração Central do Sistema de Saúde.
A garantia da investigação ao desempenho de funções de Rui Sá, enquanto membro daquele grupo de trabalho, foi dada ao Correio da Manhã por Rui Santos Ivo, presidente da ACSS.
"Não tinha conhecimento de que era suspeito de alguma coisa quando veio trabalhar para a ACSS. Porém, logo que fomos informados do processo e da condenação foi imediatamente afastado do grupo de trabalho", afirmou Rui Santos Ivo.
De acordo com o responsável, Rui Sá foi para Macau "com uma licença sem vencimento". De volta a Portugal e, como funcionário público, "retomou automaticamente o vínculo", regressando ao Quadro Único dos Administradores Hospitalares, estrutura gerida pela ACSS.
Rui Sá foi condenado pelo Tribunal Judicial de Base, em Macau, a um ano e seis meses de prisão, pena suspensa durante dois anos se, num prazo de 30 dias pagar cerca de 25 700 euros aos serviços locais de saúde.
À data dos factos, entre maio de 2011 e abril de 2012, era administrador-geral no Centro Hospitalar Conde de S. Januário e obteve, segundo a sentença, medicamentos avaliados em cerca de 15 686 euros, através de receitas falsas passadas em consultas que nunca existiram.
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