ADN quer transformar prisão de Viana do Castelo em espaço para idosos e crianças
"O estabelecimento prisional, com dezenas de anos, naquele local não tem sentido", defende o candidato Luís Arezes.
O cabeça de lista da Alternativa Democrática Nacional (ADN) à Câmara de Viana do Castelo, Luís Arezes, defendeu esta segunda-feira a transformação do atual estabelecimento prisional num edifício de acolhimento de idosos e crianças necessitadas.
O edifício, construído em finais dos anos 40 do século XX, próximo do centro da cidade passou a estabelecimento prisional de Viana do Castelo em 1973.
"O estabelecimento prisional, com dezenas de anos, naquele local não tem sentido. Quando eu digo que é preciso transformar o estabelecimento prisional num edifício de acolhimento para idosos e crianças necessitados julgo que é a grande bandeira de Viana do Castelo", sublinhou.
Para Luís Arezes, "quem está a beneficiar da centralidade da cadeia são criminosos condenados".
Questionado sobre a nova localização do estabelecimento prisional, Luís Arezes disse que os detidos "iriam para uma nova penitenciária a criar, provavelmente moderna, provavelmente com efeitos de inclusão, na reabilitação dos prisioneiros, que esta não tem", sem especificar o local.
Segundo o candidato do ADN, trata-se de um projeto que "a comunidade vianense tem de acreditar, tem de optar em dar aquele edifício a idosos que o merecem e a crianças que o merecem, ou opta pela continuidade, e ele está ali a belo prazer, a dois minutos do comboio, para agradar duas classes: aos guardas prisionais, que são 20, ou 30 ou 40, não faço ideia, e agrada aos criminosos e, portanto, não há que ter contemplações neste sentido".
"Primeiro temos de criar as condições para eles prisioneiros] serem transferidos e depois criar as condições para acolher os idosos e as crianças. É uma coisa tão simples, tão banal, e ninguém fala nisto", referiu.
Quanto à construção de mais habitação a custos controlados no concelho, Luis Arezes diz que só tomará uma decisão quando "quantificar as necessidades".
"A habitação é um problema quando nós conseguimos quantificar as necessidades. Hoje, toda a gente fala da habitação como se Lisboa fosse igual a Viana, ou Viana fosse igual a Caminha (...) Meteu-se isso [habitação] na narrativa política", sublinhou.
O candidato referiu que o partido "tem necessidade de identificar se são 700 famílias que precisam [de casa], de acordo com critérios rigorosos, se são mil, ou se são 500".
"Não pode ser genérico, estamos a dar cabo do erário público" defendendo que a autarquia "tem de se mover no sentido de criar condições para que esse mercado desça o preço das rendas".
Luís Arezes destacou que "há uma imigração excessiva e ilegal no país todo, e naturalmente, Viana do Castelo não é exceção".
"Depois temos este paradigma: Viana decresceu a população. Ora, se decresce a população, porque é que as casas estão altas? Porque ninguém tem a coragem de falar na imigração excessiva e ilegal, porque a habitação que se pretende provavelmente é para acolher esse tipo de imigração. Se for a legal, ótimo, merecem todos. A ilegal e a excessiva não. Portugal não é um país rico e, portanto, quando eu falo da habitação, temos de identificar".
Luís Arezes disse desconhecer as necessidades de habitação no concelho porque o ADN não tem representação nos órgãos autárquicos.
"Enquanto não forem quantificadas as necessidades, junta a junta, ou seja, em cada uma das freguesias de Viana do Castelo, não sabemos as reais necessidades da habitação", sustentou.
Atualmente, o executivo de Viana do Castelo é composto por cinco eleitos pelo PS, um eleito pela CDU, um vereador independente (social-democrata que deixou o partido para integrar o Chega) e dois vereadores da coligação PSD/CDS-PP.
Concorrem à Câmara de Viana do Castelo nas eleições de domingo o atual presidente da autarquia, Luís Nobre (PS), Paulo de Morais (coligação PSD/CDS-PP), Duarte de Brito Antunes (IL), José Flores (coligação PCP/PEV), Carlos Torre (BE), Eduardo Teixeira (Chega) e Luís Arezes (ADN).
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