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Candidato do CDS-PP/PPM/ADN quer teleférico para ordenar centro de Sintra

Maurício Rodrigues rejeitou que dotar o centro histórico sintrense de um teleférico seja "uma ideia megalómana".

04 de outubro de 2025 às 14:54

O candidato da coligação CDS-PP/PPM/ADN à Câmara de Sintra quer dotar o centro histórico de um teleférico, de modo a ordenar a mobilidade, propondo também que a vila se candidate a Capital Europeia da Cultura.

"O centro histórico também é outro caos, também é [preciso] regular a mobilidade dentro do centro histórico. Por isso é que eu proponho um teleférico. O teleférico é importantíssimo, porque vai fazer com que as pessoas consigam sair dos estacionamentos periféricos e não precisem de entrar no trânsito na vila", notou.

Em declarações à agência Lusa, durante uma visita à feira da Tapada das Mercês, na freguesia de Algueirão-Mem Martins, na qual esteve acompanhado por uma ruidosa comitiva de duas dezenas de apoiantes, Maurício Rodrigues rejeitou que dotar o centro histórico sintrense de um teleférico seja "uma ideia megalómana".

"Não é: o teleférico era um projeto internacional, que existe em muitos centros também da Unesco, e que podíamos fazer e tinha custo zero. Porquê? Lançávamos um concurso internacional e, de seguida, fazíamos a concessão. A própria concessão pagava essa obra", explicou.

Nesse sentido, o atual vereador da Câmara Municipal de Sintra acredita que também o elétrico deveria ser modernizado para tornar-se "durante todo o ano um meio de transporte real e efetivo", com o seu trajeto a prolongar-se até ao Palácio da Vila por forma a servir não só os turistas, mas também as pessoas que vivem na Praia das Maçãs.

Embora as suas principais preocupações sejam o lixo e os transportes, nomeadamente a falta de articulação entre os existentes no concelho para servirem a população, Maurício Rodrigues propõe algo diferente a nível cultural.

"[No último mandato] falei que Sintra devia-se candidatar a Capital Europeia da Cultura, porque geralmente o processo começa seis anos antes, e não tiveram coragem para isso. É um investimento que tem retorno", defendeu, recuperando o exemplo de Guimarães, que, em 2012, "encaixou cerca de 117 milhões de euros".

"Oeiras candidatou-se a Capital Europeia da Cultura e não tem um décimo - um décimo não, um vigésimo - do património cultural de Sintra. Portanto, é isto que marca a diferença", comparou.

Numa manhã dedicada a visitas a feiras -- mais cedo já tinha estado na de Monte Abraão -, o candidato centrista falou ainda da vontade de construir "um complexo olímpico e paralímpico", mas também um polígono industrial, "a preços acessíveis", para atrair investimento e "dar emprego à população", além de "parques de estacionamento em zonas com muita habitação", grátis para o primeiro carro, "vigiados 24 horas e com carregamento elétrico".

Atual vereador, eleito nas anteriores autárquicas pela coligação encabeçada pelo social-democrata Ricardo Baptista Leite, Maurício Rodrigues quer ainda prolongar os horários nas Lojas do Cidadão, mas também nas bibliotecas municipais, onde gostaria de criar uma sala de estudo para dar condições aos estudantes que não as têm em casa.

Nas eleições de 12 de outubro, além do cabeça de lista da coligação CDS-PP/PPM/ADN, concorrem à Câmara de Sintra Ana Mendes Godinho (PS/Livre), Marco Almeida (PSD/IL/PAN), Pedro Ventura (CDU, coligação PCP/PEV), Rita Matias (Chega), Tânia Russo (BE) e Júlio Gourgel Ferreira (ND).

Atualmente, o executivo, presidido por Basílio Horta, que cumpriu três mandatos e não se pode recandidatar, é composto por cinco eleitos do PS, três do PSD, um do CDS-PP, um da CDU e um independente (ex-Chega).

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