Independente considera que "os portuenses não são mais um número", vendo-os como alguém a quem importa "melhorar a qualidade de vida".
O cabeça de lista do movimento independente Fazer à Porto, Filipe Araújo, rejeitou esta quarta-feira a bipolarização das eleições para a Câmara do Porto entre PS e a coligação PSD/CDS-PP/IL, considerando-a "uma fantasia".
"Nós estamos habituados, neste país, a que haja dois partidos que acham que são os donos do país. Esta bipolarização já nem sequer existe, e nós sabemos disso. Aliás, a bipolarização no Porto não existe há 12 anos", disse hoje à Lusa durante uma ação de campanha no bairro do Viso, na freguesia de Ramalde.
Para Filipe Araújo, atual vice-presidente da autarquia e que integra o executivo do presidente da Câmara, Rui Moreira, desde 2013, "há 12 anos os portuenses decidiram que o melhor para o Porto era um movimento de pessoas, de cidadãos do Porto, para governar".
"Essa bipolarização é completamente uma fantasia no Porto", considerou, mostrando-se ainda confiante que no domingo, dia das eleições autárquicas, "as pessoas vão perceber que é melhor votar em alguém que se preocupa com os portuenses do que alguém - nomeadamente PS e PSD - que a única coisa que quer é ter mais um número, mais uma câmara [para] que possa, no final da noite, dizer que ganhou".
O independente considera que "os portuenses não são mais um número", vendo-os como alguém a quem importa "melhorar a qualidade de vida".
Filipe Araújo crê ainda que os portuenses "estão contentes com aquilo que foram os 12 anos de independência e governação da cidade", "apreciam esta gestão independente" e o "trabalho feito pelo movimento independente ao longo destes 12 anos".
"Claramente aquilo que está em jogo no domingo é se querem continuar a ter uma gestão por parte de um movimento independente que eu encabeço - Filipe Araújo Fazer à Porto - por pessoas que mantêm os mesmos princípios e os mesmos valores que levaram a esta gestão ao longo destes anos, ou se querem voltar atrás, ao tempo dos partidos", vincou.
O candidato independente disse que "os partidos de Governo - PS e PSD - continuam a achar que são donos disto tudo", em contraste com aquilo que diz ser o pensamento dos portuenses, que "já demonstraram várias vezes que querem é pessoas que sejam capazes de resolver os problemas".
No Viso, onde esteve a fazer campanha na rua e nos cafés, Filipe Araújo diz ter recebido queixas sobre "um bairro do IHRU" - Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (sob tutela do Estado central) - naquela zona.
"As pessoas estão absolutamente chateadas com a forma como têm sido tratadas ao longo de dezenas de anos. Veem os bairros da Câmara em boas condições e veem o Estado completamente ausente do bairro do IHRU", referiu.
O candidato comprometeu-se "a trabalhar (...) nalguns casos (...) de passadeiras que precisam de melhor sinalização, de alguns arranjos de espaço público", algo que faz parte do seu manifesto eleitoral, rejeitando sempre "as tais promessas, porque já disse que não as fazia".
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
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