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Carlos Moedas faz último apelo ao voto confiante de que "faltam dois dias para a vitória"

Candidato a Lisboa voltou ainda a associar a candidatura de Alexandra Leitão à "esquerda radical", que "quer trazer o ódio e a fricção para a sociedade".

10 de outubro de 2025 às 22:01

O candidato de PSD/CDS-PP/IL à presidência da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, fez esta sexta-feira um último apelo para conquistar "mais um voto", sem pedir maior absoluta, mas manifestando "uma confiança enorme" de que "faltam dois dias para a vitória".

Numa arruada no Chiado, onde antes estiveram a candidata Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN) e, depois, João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Carlos Moedas juntou centenas de apoiantes à sua candidatura "Por ti, Lisboa" -- PSD/CDS-PP/IL para apelar ao voto nas eleições autárquicas de domingo.

Ao lado da mulher, Céline Abecassis, e do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o recandidato a presidente da Câmara de Lisboa desceu o Chiado confiante na vitória.

No percurso, cumprimentou os transeuntes, inclusive trabalhadores da higiene urbana e da Polícia Municipal. Também tirou 'selfies' e acenou continuamente a quem circulava nos passeios ou assistia das janelas dos prédios.

Sob fumo azul e amarelo alusivo à candidatura "Por ti, Lisboa", balões e bandeiras, entre elas do PSD e do CDS-PP, a comitiva tinha vários elementos com 't-shirts' com o rosto de Carlos Moedas estampado.

"Moedas, amigo, Lisboa está contigo"; "Só nos faltam dois dias para a vitória"; "Nós só queremos Moedas presidente"; "Lisboa alerta, chegou a escolha certa", gritaram os apoiantes.

Em declarações aos jornalistas junto aos Armazéns do Chiado, Carlos Moedas recusou falar numa possível vitória com maioria absoluta, ao contrário do presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro: "Aquilo que peço aos lisboetas é mais um voto, é não voltarmos para trás, é que todos venham votar, é que todos estejam connosco", disse.

O candidato insistiu que a escolha no domingo é entre a sua candidatura e a de Alexandra Leitão, reiterando que "é um dia muito importante escolher entre voltar para trás ou avançar, entre crescer ou estagnação, entre aquilo que é uma política moderada, que os lisboetas conhecem, e aquilo que é uma política radical", como se visto "nos últimos dias".

"Os lisboetas sabem que quantos mais votos melhor, melhor para aquilo que é o meu projeto, mas aquilo que eu quero é mais um voto para ser presidente da Câmara", argumentou, defendendo que o seu projeto é o que "tem resultados concretos, que quer avançar com a cidade, que está a fazer".

"Os outros não têm projeto, portanto há um voto que é o único voto que conta, que é o voto no projeto de Carlos Moedas, para não votarmos para trás, para não retroceder", salientou o social-democrata, manifestando "uma confiança enorme" de que irá conseguir "uma votação melhor do que há quatro anos", mas ressalvando que isso depende da mobilização dos lisboetas.

O cabeça de lista de PSD/CDS-PP/IL voltou a criticar a candidata Alexandra Leitão, acusando-a de "não ter um verdadeiro projeto para Lisboa, não ter temas, não ter nada", e considerando "tão ridículas" as medidas que apresentou para adotar, se for eleita, nos primeiros 30 dias, nomeadamente na higiene urbana.

"Ninguém pode dizer aos lisboetas que vai resolver o problema da higiene urbano em 30 dias, porque isso não é verdade e os lisboetas não se deixam enganar", afirmou, discordando da ideia da candidata de PS/Livre/BE/PAN quanto ao reforço da descentralização desta área.

Carlos Moedas voltou ainda a associar a candidatura de Alexandra Leitão à "esquerda radical", que "quer trazer o ódio e a fricção para a sociedade".

Questionado sobre o acidente com o elevador da Glória, o candidato de PSD/CDS-PP/IL disse que "é uma vergonha e é uma barbaridade estar a politizar uma tragédia", afirmando que "o Partido Socialista não tem medidas e quer politizar uma tragédia".

Sobre as queixas de falta de contacto com as vítimas e familiares desta tragédia, o autarca do PSD respondeu com uma alusão ao caso "Russiagate" que envolveu o anterior presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS).

"Não revelo conversas privadas ao contrário de outros que revelaram identidades das pessoas em Lisboa aos ministérios na Rússia. Eu não faço isso. Eu falei com todas as famílias. Todas foram acompanhadas", assegurou.

A arruada terminou na Praça do Município, com Carlos Moedas a ser levantado em braços, para depois fazer um breve discurso, acompanhado de candidatos que integram as listas "Por ti, Lisboa", em que apelou ao voto ao mesmo tempo que clamou vitória.

"A nossa Lisboa já escolheu que quer avançar, que não quer voltar para trás. É isso, nós sabemos e sentimos isso na rua, todos os dias. Sentimos durante esta campanha", declarou, acabando a dizer que "faltam dois dias para a vitória".

"Só há um voto para avançar com Lisboa. Só há um voto que tem um projeto para Lisboa. Só há um voto da moderação em Lisboa e só há um voto com uma equipa enorme que está aqui atrás e que é uma equipa que vai continuar a mudar Lisboa. Só há um voto, é o voto em 'Por ti, Lisboa', é o voto em 'Moedas 2025'", sublinhou.

Além de Carlos Moedas e Alexandra Leitão, concorrem à presidência da Câmara de Lisboa João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).

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