Paulo Raimundo considerou que as duas coligações formadas à volta de PS e PSD se assemelham.
O secretário-geral do PCP defendeu esta quarta-feira que a CDU é a "grande força da convergência" e a única com um projeto distintivo em Coimbra, considerando que as duas coligações formadas à volta de PS e PSD se assemelham.
Paulo Raimundo participou esta noite num comício em Coimbra, onde, nestas eleições autárquicas, PS, Livre e PAN se uniram numa coligação encabeçada pela ex-ministra Ana Abrunhosa, contra outra coligação integrada por PSD, IL e CDS-PP que apoia José Manuel Silva, atual presidente da Câmara.
Num discurso neste comício, o secretário-geral do PCP afirmou que se está a tentar "fazer passar a ideia" de que, em Coimbra, só há uma "disputa entre dois" nestas eleições autárquicas, numa alusão ao confronto entre a coligação de Ana Abrunhosa e a de José Manuel Silva.
"E se nós quisermos ser rigorosos, de facto há uma disputa entre dois projetos profundamente distintos. De um lado está o projeto que, com esta ou aquela diferença, nas questões essenciais, é exatamente a mesma coisa, e do outro está o projeto distintivo da CDU", afirmou.
Paulo Raimundo defendeu que o projeto da CDU é "o projeto da habitação pública, do desporto, da cultura, dos transportes, do ambiente, da cooperação", que se confronta "com o projeto e os programas da especulação, das negociatas, dessa política ao serviço de uns poucos".
Perante algumas centenas de militantes da CDU que o ouviam, Paulo Raimundo defendeu que, no atual contexto eleitoral em Coimbra, o importante "não é saber quem ganha", apesar de reconhecer que isso não é indiferente.
"A questão central é saber quem lá vai estar, quem lá vai estar para cumprir, como o [atual vereador da CDU na cidade, Francisco] Queirós cumpriu, quem vai lá estar para denunciar, quem vai lá estar para abrir caminho", afirmou.
No seu discurso, Paulo Raimundo procurou contrariar a ideia de que os partidos de esquerda que se uniram à volta de uma coligação representam as forças de convergência, frisando que a CDU é integrada por comunistas, ecologistas e "muitos independentes, até gente de outros partidos".
"É a CDU a grande força da unidade, a grande força da convergência", defendeu Paulo Raimundo, salientando que os independentes que integram as listas da CDU nas autárquicas "não estão cá para a fotografia".
"É esta a força da unidade que junta gente muito diferente, não à procura de protagonismos, de projetos pessoais ou à procura de lugares. Aqui somos todos diferentes, mas iguais no serviço e só ao serviço das populações", defendeu.
Neste discurso, Paulo Raimundo deixou ainda várias críticas ao Governo, criticando em particular o facto de o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter admitido na semana passada um novo suplemento extraordinário para os pensionistas se houver folga orçamental.
Os pensionistas "não precisam de umas migalhas quando sobrar dinheiro daquele dinheiro que o Governo, o Chega e a IL entregaram aos grandes grupos económicos com a descida do IRC. Não precisamos de migalhas. Quem trabalhou uma vida inteira (...) o que merece é reformas dignas", defendeu.
Antes de Paulo Raimundo, discursou Francisco Queirós, vereador da CDU em Coimbra desde 2009 e que se recandidata ao cargo nestas eleições autárquicas. Perante os militantes da CDU, o vereador procurou evitar uma concentração de voto na coligação de esquerda.
"No domingo, em Coimbra, elegem-se 11 vereadores do executivo municipal. Não é uma eleição para Zé ou Maria serem presidentes de Câmara. É muito mais do que isso, é muito mais fundo do que isso. Está em causa a eleição de 11 vereadores", disse.
Francisco Queirós defendeu que, "com mais votos, com mais eleitos nas freguesias e nos órgãos municipais", a CDU "poderá fazer muito mais e melhor por Coimbra".
"Está nas nossas mãos irmos à conversa com todos, falar com todos", defendeu.
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