Candidato do Chega à Câmara Municipal lisboeta alegou que o partido quis que "os outros não copiassem" as suas ideias.
O candidato do Chega à Câmara de Lisboa caminhou esta sexta-feira entre a Penha de França e Arroios, ainda sem programa apresentado, para que outros partidos "não copiassem", mas com a promessa de reduzir as tarifas do estacionamento na cidade.
Antes de iniciar a arruada que ligou a Penha de França a Arroios, e na qual foi acompanhado por três dezenas de pessoas, Bruno Mascarenhas exibiu orgulhoso o programa, ainda plastificado e com "cerca de 80 páginas, que apresentará no sábado.
Questionado pelos jornalistas sobre o facto de revelar as suas propostas detalhadas apenas a meio da campanha, o candidato do Chega à Câmara Municipal lisboeta alegou que o partido quis que "os outros não copiassem" as suas ideias.
"É aquilo que fazem habitualmente, portanto guardámos para o fim a melhor parte", acrescentou, já a meio de um périplo em que não negou cumprimentos, nem brindes, e em que recebeu apoio na forma de 'buzinadelas' até de autocarros da Carris.
Com um bombo e o seu hino como banda sonora, Bruno Mascarenhas foi distribuindo panfletos, canetas, mas também recebendo incentivos -- mesmo que muitos tenham perguntado onde estava o líder do partido, André Ventura.
Numa alfaiataria, Mariana Silva prometeu seguir os exemplos do neto de 18 anos e da filha.
"Desta vez vou ter coragem e vou votar no Chega", confessou a comerciante de 73 anos.
A arruada foi decorrendo com gritos de "Chega" e pedidos de fitas, mas também de baralhos de cartas, um apelo com particular pertinência antes da chegada da comitiva à Praça Paiva Couceiro, onde interrompeu o jogo dos reformados que por lá passam as tardes.
"Também vou votar nele", garantiu um dos jogadores, enquanto outros continuavam mais interessados em contar as cartas e outros ainda só queriam um baralho de oferta.
"Onde é que anda o Ventura? A gente quer o Ventura", ouviu o candidato à autarquia da capital num café nas ruas circundantes à Paiva Couceiro, antes de ser abordado por Virgílio Marques, de 66 anos, que lhe pediu para abolir a EMEL (Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa) na Penha de França.
"Não estamos contra a EMEL, mas temos que reduzir muito aquilo que é a influência da EMEL na cidade", respondeu Mascarenhas.
Para o candidato, é preciso "baixar significativamente as tarifas, sobretudo dos bloqueios, porque é muito acima do que os ordenados dos portugueses podem pagar".
"A EMEL não pode ter a capacidade, como faz hoje, de reperfilamento das vias, da construção de ciclovias. Não é essa a função da EMEL, é exclusivamente verificar o estacionamento da cidade. Para as pessoas que trabalham, que circulam pela cidade e têm de pagar muito dinheiro por dia [...], [vamos] reduzir as tarifas na cidade de Lisboa", defendeu.
Segundo o candidato, a redução nas coimas poderá pode chegar aos 50%.
Quanto a uma possível reavaliação das zonas de estacionamento, Bruno Mascarenhas admitiu que é um projeto para o qual tem de olhar "com atenção".
Além do candidato do Chega, concorrem à Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas de 12 de outubro o atual presidente Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).
Atualmente, o executivo municipal integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" - PS/Livre, dois da CDU e um do BE.
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