A edição de hoje
José Manuel Silva acredita que as obras para os dois edifícios podem arrancar no próximo mandato.
O candidato da coligação Juntos Somos Coimbra afirmou esta quarta-feira que pretende avançar com projetos do novo Palácio da Justiça e da Escola das Artes, acreditando que as obras para os dois edifícios podem arrancar no próximo mandato.
O atual presidente da Câmara, José Manuel Silva, afirmou que pretende avançar com o projeto de arquitetura do novo Palácio da Justiça, a partir de um contrato interadministrativo já celebrado com a tutela, e deixar o processo pronto para depois poder ser lançado a concurso para a sua construção.
"Teremos de trabalhar com o Governo. É uma necessidade. O Palácio da Justiça paga-se a si próprio", disse o candidato da coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/IL/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/MPT/Volt), fazendo referência às instalações alugadas que o Ministério da Justiça já paga anualmente.
Em declarações à agência Lusa, no final da apresentação do programa eleitoral, que tem um total de 204 medidas, José Manuel Silva reafirmou o compromisso de lutar para que o novo Palácio da Justiça possa ser uma realidade, acreditando que esse projeto traria também "uma nova vida à rua da Sofia".
Relativamente à Escola das Artes (à imagem das escolas Soares dos Reis e António Arroio), o autarca também estabelece o desenvolvimento desse projeto no seu programa, considerando que a sua construção na zona da antiga manutenção militar seria "o primeiro passo para se desenvolver o futuro Centro de Arte Contemporânea de Coimbra, com dignidade e não apenas três andares pequenos [no atual edifício]".
O projeto, recordou, contempla também uma "projeção futura" da torre do antigo Mosteiro de Santa Cruz, que já não existe no local.
José Manuel Silva espera que os dois projetos possam ter as obras a arrancar no próximo mandato, vincando que, caso vença, irá "trabalhar para isso", reconhecendo, porém, algumas "vicissitudes" que não dependem da vontade de um executivo municipal.
O programa eleitoral esta quarta-feira apresentado aponta também a criação da Zona Industrial de Souselas e um trabalho de "reempresarialização e reindustrialização" do concelho e uma aposta na revitalização do centro histórico a partir do plano já apresentado neste mandato.
"Nós vemos várias candidaturas com boas intenções generalistas, mas não dizem como é que as concretizam. Boas intenções generalistas todos temos", criticou o candidato.
Nas medidas esta quarta-feira destacadas, encontram-se a conclusão e expansão do 'metrobus', a reformulação da rede dos transportes urbanos (cujo estudo está em curso) e melhorar a fruição das margens do rio Mondego.
O reforço da dotação para a cultura, aumento dos espaços de prática desportiva formal e informal, um estudo de viabilidade de um pavilhão multiusos junto à futura estação intermodal e aumentar a oferta de habitação pública e a custos acessíveis são outras das medidas.
Além de José Manuel Silva, são candidatos às eleições de 12 de outubro, a ex-ministra Ana Abrunhosa, pela Avançar Coimbra (PS/Livre/PAN); o vereador Francisco Queirós, pela CDU; o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda; Maria Lencastre Portugal, pelo Chega; Sancho Antunes, pelo ADN; e Tiago Martins, pela Nova Direita.
O atual executivo é composto por seis elementos da coligação Juntos Somos Coimbra, quatro do PS e um da CDU.
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