Porta-voz do Livre Rui Tavares e a coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, estiveram pela primeira vez juntos numa ação em Oeiras.
Os líderes do Livre e do BE reconheceram esta quarta-feira que terão sempre algumas divergências mas que o contexto atual de viragem à direita exige união da esquerda, durante uma ação de campanha para as autárquicas em Oeiras.
Ao nono dia de campanha para as eleições autárquicas de domingo, o porta-voz do Livre Rui Tavares e a coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, estiveram pela primeira vez juntos numa ação em Oeiras, com a vereadora independente Carla Castelo, recandidata pela coligação "Evoluir Oeiras", que junta os dois partidos e o Volt Portugal.
Interrogados sobre se as "feridas" entre Rui Tavares e o BE estão finalmente sanadas, depois de o antigo eurodeputado independente que representou os bloquistas no Parlamento Europeu se ter desvinculado, em 2011, os dois sorriram e o deputado empurrou para a bloquista: "Calhou-te a fava, vais ter que responder a isto primeiro".
Mariana Mortágua afirmou que os dois partidos terão sempre divergências mas atualmente "há uma obrigação da esquerda, das forças progressistas, das forças ecologistas, perante uma viragem à direita tão forte, tão avassaladora no País".
"E quando estas alianças podem ser feitas também com movimentos de cidadãos, com um trabalho feito como o da Carla Castelo, como da coligação "Evoluir Oeiras", então acho que estamos no sítio certo, não tenho nenhuma dúvida sobre isso.
Também Rui Tavares realçou que desde que Mariana Mortágua assumiu a coordenação do BE os dois partidos já tiveram várias reuniões "de análise eleitoral" e voltou a criticar a direita por uma "permanente agressividade no discurso, de escárnio, de divisão" e de procurar "aviltar aquilo que há de mais nobre na política, que é a empatia".
Tavares continuou, afirmando que "o sentido de fazer qualquer coisa perante as injustiças, de quando nos sentimos impotentes lutar contra essa impotência" costumavam ser coisas "admiradas por toda a gente da esquerda à direita neste país".
Por essa razão, "é muito importante demonstrar capacidade de união e de saber defender esses valores".
"Porque eles param quando perceberem que nós não temos medo nenhum deles, que até nos rimos na cara deles, dessa agressividade falsa, dessa bravata com que a direita está agora", criticou.
Enaltecendo o método de trabalho da coligação "Evoluir Oeiras", Tavares afirmou que esta pode ser uma "inspiração" para "romper com velhos hábitos".
"No meu passado, eu sempre me frustrei muito com esses velhos hábitos que às vezes nos impediam de ser um bocadinho mais pragmáticos. Depois, onde é que pomos o tom certo, o estilo certo, quer dizer, nós não precisamos de concordar todos. Aliás, a esquerda se concordasse toda era muito aborrecida. O que temos é de saber trabalhar em conjunto por aquilo que é o essencial, a defesa da democracia neste país", defendeu.
Face a 2021, o BE aumentou significativamente as suas coligações à esquerda nestas eleições autárquicas, juntando-se em muitos concelhos e freguesias com o Livre, que tem um total de 49 candidaturas, mais de metade coligações.
Bruno Costa, co-presidente do Volt Portugal, também presente na iniciativa, realçou a abrangência da candidatura em Oeiras, por integrar partidos de esquerda mas também o seu, apelando ao voto de quem "um compromisso com a transparência e com uma governação isenta".
Ao seu lado, Carla Castelo realçou que personalidades como a socialista Ana Gomes apoiam a sua candidatura -- apesar de o PS ter candidata em Oeiras, Ana Sofia Antunes, - bem como o militante do CDS-PP Pedro Pestana Bastos.
Além da candidatura de Carla Castelo, foram também anunciadas a recandidatura de Isaltino Morais, pelo IN-OV, da antiga secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes (PS), do gestor Bruno Mourão Martins (IL), do deputado Pedro Frazão (Chega), da professora Sandra Lemos (CDU) e de Miguel Peixoto Parente, pela coligação "Compromisso com Oeiras".
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