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De crítico a vice-presidente: JD Vance chegou a considerar Trump um "terrível candidato"

J.D. Vance suplantou nomes mais conhecidos como Marco Rubio ou Doug Burgum. Trump promete discurso conciliador para “unir a América”.

16 de julho de 2024 às 01:30

J.D. Vance, senador estreante do Ohio e uma figura relativamente pouco conhecida da maioria dos republicanos, foi o escolhido por Donald Trump como candidato à vice-presidência dos EUA. O anúncio foi feito pelo ex-Presidente no arranque da Convenção Nacional Republicana, a decorrer em Milwaukee, onde foi esta segunda-feira confirmado como candidato do partido às presidenciais de novembro.

A escolha de J.D. Vance como parceiro na corrida à Casa Branca foi confirmada por Trump ao final da tarde desta segunda-feira através da rede social Trump Social, e já era esperada depois de os outros dois principais concorrentes ao cargo, o senador da Florida, Marco Rubio, e o governador do Dakota do Norte, Doug Burgum, terem sido informados durante a tarde de que estavam fora da corrida. “Decidi que a pessoa mais qualificada para ocupar o cargo de vice-presidente dos EUA é o senador J.D. Vance, do grande estado do Ohio. (...) Como vice-presidente, irá lutar pela nossa Constituição, apoiar as nossas tropas e fazer tudo ao seu alcance para me ajudar a ‘Tornar a América Grande Outra Vez’”, escreveu Trump.

J.D. Vance é um antigo crítico de Trump e chegou a considerá-lo “um terrível candidato” em 2016. “Sou um tipo ‘nunca-Trump’, nunca gostei dele”, chegou a dizer numa entrevista, além de, em mensagens enviadas a um amigo, ter questionado se Trump seria “um idiota cínico como Nixon ou, pior, o Hitler da América”. Desde então, a sua opinião mudou radicalmente e Vance tornou-se num dos mais fervorosos apoiantes do ex-Presidente, que o ajudou a ser eleito para o Senado em 2022.

A Convenção Republicana começou com um minuto de silêncio pelas vítimas do atentado contra Trump e havia grande expectativa para ver de que forma os responsáveis republicanos que irão discursar ao longo dos quatros dias de trabalhos iriam abordar o ataque de que o candidato foi alvo. O ex-Presidente tem feito vários apelos à união e prometeu um discurso conciliador para “unir a América”, mas vários dirigentes republicanos vieram a público nos últimos dias responsabilizar diretamente o Presidente, Joe Biden, e o Partido Democrata pelo ataque contra Trump, acusando-os de “demonizarem” o candidato republicano como uma “ameaça à democracia” e contribuírem para o “clima político hostil” que conduziu ao atentado contra a vida do ex-Presidente.

"Dar um passo atrás e arrefecer os ânimos"

O Presidente, Joe Biden, apelou domingo à noite a contenção no discurso político na sequência do atentado contra Trump, frisando que a violência "nunca pode ser a solução". Num raro discurso a partir da Sala Oval da Casa Branca - foi apenas a terceira vez em mais de três anos de mandato -, Biden afirmou que o ataque a Trump mostra que "é preciso dar um passo atrás". "Na América resolvemos as nossas diferenças nas urnas, não com balas", frisou o Presidente, garantindo que a violência "não pode ter um porto seguro". "Não podemos permitir que esta violência seja normalizada. A retórica política neste país aqueceu demasiado. É tempo de arrefecer os ânimos", apelou Biden.

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