Candidato presidencial considera que os resultados das sondagens devem-se ao facto de "trazer para esta campanha temas que não estavam lá".
O candidato presidencial André Ventura disse esta terça-feira em Torres Vedras que conta com uma segunda volta nas eleições presidenciais de 18 de janeiro, que espera disputar, tendo em conta as últimas sondagens divulgadas.
"Não me parece realista uma vitória à primeira volta perante os números que nós temos. Também apontam para uma vitória minha, mas não com uma margem superior a 50%. Portanto, com toda a certeza, teremos uma segunda volta", afirmou André Ventura, à margem de uma visita ao Externato de Penafirme, no concelho de Torres Vedras.
Para o candidato presidencial apoiado pelo partido Chega, os resultados das sondagens devem-se ao facto de "trazer para esta campanha temas que não estavam lá", dando os exemplos da corrupção, da segurança ou da "ideologia de género" nas escolas.
Para André Ventura, a segunda volta "vai ter esta grande vantagem de discutir os grandes temas que o país precisa".
No dia em que é divulgado o Relatório Estado da Educação 2024 do Conselho Nacional de Educação (CNE), o candidato presidencial referiu que o estado da educação, que afirmou ser "muito negativo", é um dos temas a ser discutido.
"Continuamos a ter grandes dificuldades sociais nas escolas (...) alguns dos alunos que até têm muito mérito escolar a terem cada vez mais dificuldades", disse, acrescentando que há "alunos que sentem que o mérito em Portugal não é recompensado".
A este problema, juntou ainda a "desmotivação da classe docente", a segurança nas escolas e questões como o que designou de ideologia de género nas escolas ou de sexualização, que não especificou, e politização dos conteúdos programáticos.
Se for eleito, André Ventura quer "incentivar um pacote legislativo sobre educação que mude coisas de base, de fundo mesmo".
"Devemos ter um sistema de ensino para todos, que permita o elevador social que todos nós beneficiámos por termos estudado, mas ao mesmo tempo premeie os que mais se esforçam e dê estímulos a quem mais se esforça", defendeu.
Considerando que existe uma "clara politização de conteúdos" nos manuais escolares, o candidato presidencial "espera contribuir para que o ensino se torne científico" de modo a formar "cidadãos plenos de direitos, livres".
"Temos hoje professores a sentirem que se forem agredidos ninguém faz nada por eles. Para além disso, muitos deles estão a quilómetros e quilómetros das zonas onde habitam, não conseguem sequer pagar a sua casa e a casa onde estão por força das suas funções. Isto não estimula a ninguém o gosto de ser professor. Sentem-se desautorizados, sentem-se inundados no excesso de burocracia", apontou em relação aos professores.
"Precisamos que haja disciplina, ordem e que os profissionais das escolas se sintam valorizados", sublinhou, acrescentando que o Presidente da República "pode e deve contribuir para essa cultura de ordem". Entre as alterações a propor, quer incluir medidas com vista à dignificação das carreiras.
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