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António José Seguro quer jornais no interior do país por promoverem coesão

A título de exemplo indicou que "as escolas superiores do interior não podem ser prejudicadas".

12 de dezembro de 2025 às 15:53

O candidato presidencial António José Seguro mostrou-se esta sexta-feira preocupado com o desleixo e abandono do interior de Portugal e exigiu a continuidade da distribuição dos jornais, considerando que promovem a coesão social.

"O jornal é um elemento de coesão social e só quem não conhece o interior é que não percebe isso, porque um jornal numa barbearia, num café, noutro sítio, é um local de reunião das pessoas que vão ler o jornal e discutir os problemas", realçou.

Neste sentido, defendeu que "o jornal no interior tem que continuar a chegar para que todos os portugueses sejam tratados por igual".

"Há necessidade de o interior continuar a ter jornais em papel. Há uma parte do interior que está envelhecida que quer ter acesso às notícias e que não consegue de outra maneira que não seja através dos jornais", realçou.

Seguro defendeu que "o interior precisa de voz e, para ter mais voz, também é preciso que os seus problemas sejam divulgados, noticiados, nos jornais" e se não chegarem ao interior, "naturalmente, também não vão dar notícias do interior".

O candidato falava aos jornalistas à saída de um encontro com o presidente da Câmara Municipal de Viseu, João Azevedo, vencedor das eleições autárquicas de 12 de outubro e o primeiro autarca do concelho a ser eleito pelo Partido Socialista (PS).

Aos jornalistas, João Azevedo disse que receberá todos os candidatos que quiserem visitar a Câmara de Viseu, mas assumiu o apoio a António José Seguro, reconhecendo que "é um homem com várias camadas de conhecimento" e "muito bem preparado" para assumir o cargo de chefe de Estado.

Um apoio que o candidato agradeceu, realçando que tal como ele, também é do interior, e, também por isso, porque está nos seus genes, prometeu não deixar cair essa região do país da agenda política.

"Sei da importância do interior para o nosso país. Não há territórios dispensáveis em Portugal, nem há portugueses de primeira e de segunda. A nossa economia tem a ganhar com o desenvolvimento do interior", defendeu.

António José Seguro defendeu ainda que "é preciso um desenvolvimento mais equilibrado" e como solução indicou que "há imensos serviços públicos em Lisboa que podiam estar no interior e isso ajudava a fixar pessoas", assim como "políticas de incentivo" para se fixarem e atrair nova população.

A título de exemplo indicou que "as escolas superiores do interior não podem ser prejudicadas com as regras de acesso" e, sob este ponto de vista "houve muito prejuízo".

No interior "há condições, há ideias", tem é que "haver acesso à cultura, à saúde, à educação," e a título de exemplo indicou que "outros países fizeram isso" e se Portugal, "não souber fazer melhor, pelo menos que fala igual" ao que se fez em muitos países.

Entre as soluções, apontou para a necessidade de acordos, entre as comunidades intermunicipais (CIM) e o governo, "no sentido de se desenvolverem contratos de desenvolvimento para cada região específica".

No seu entender, o interior "tem problemas comuns, mas também necessidades e oportunidades específicas", relançando que isso significa "recursos associados e alocados a objetivos muito concretos".

Para o candidato, os autarcas e empresários são quem conhece o interior e por isso, cabe aos autarcas, que têm representação política, "trabalharem em conjunto com o governo em acordos que ajudam a desenvolver o interior, porque é aquilo que mais querem".

"Mas gastam muitas energias a terem que ir para Lisboa pedinchar, a dizerem vejam lá, a chamar a atenção para os problemas, naturalmente que coloca as situações mais difíceis", indicou, realçando que os contratos "vão potenciar" o interior.

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