"Aquilo que me parece claro é que são precisas medidas de várias dimensões", disse o candidato.
O candidato presidencial Jorge Pinto avisou, esta sexta-feira, que as "questões do SNS não se vão resolver com medidas de 'marketing'", referindo-se à unidade combate à fraude, e pediu maior aposta em modelos que "funcionaram bem".
"Aquilo que me parece claro é que são precisas medidas de várias dimensões e com várias temporalidades. Medidas a curto, médio e longo prazo. As questões do SNS não se vão resolver com medidas mais ou menos de marketing, como esta investigação ao SNS e aos seus problemas", afirmou, referindo-se à nova unidade de combate à fraude no SNS, que será liderada pelo juiz Carlos Alexandre.
O candidato a Belém apoiado pelo Livre falava aos jornalistas durante uma visita à Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, em Almada, realizada após uma viagem de cacilheiro entre o Cais do Sodré e Cacilhas.
Questionado sobre a notícia do Jornal de Notícias, que dá conta de uma mudança no planeamento regional da saúde com a criação de vice-presidentes dedicados a esta área na orgânica das cinco Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), Jorge Pinto não respondeu diretamente, apontando para modelos de organização que "funcionaram bem" no passado e foram descontinuados pelo Governo.
"Portugal foi inovador e trouxe bons resultados para o SNS quando, por exemplo, criou as unidades locais de saúde do tipo B (...), isto funcionou bem. O que é que o atual Governo decidiu fazer? Promover um outro tipo de ULS, do tipo C, onde aí sim entra o setor privado para tentar, no fundo, ter mais lucro com a saúde dos portugueses. Porque é que um modelo que funcionou bem, que até foi exemplo a nível mundial, não deve ser valorizado, incentivado e apoiado por parte do Governo? Eu acho que deve", argumentou.
Para o candidato a Presidente da República, o Governo deve "pegar nos dados que já existem", "fazer com que essas ferramentas que funcionam sirvam os portugueses no seu dia-a-dia" e evitar, repetiu, o 'marketing' nas suas políticas de saúde.
Jorge Pinto foi também questionado sobre o desafio do também candidato presidencial André Ventura em relação a referendos sobre regionalização e eutanásia, frisando que "não quer andar a reboque do que diz André Ventura" e afirmando que, neste caso, o líder do Chega "anda a reboque" de si.
"Quem trouxe o debate da regionalização e mais do que uma vez para esta campanha presidencial fui eu", afirmou, acrescentando que o referendo à regionalização é obrigatório e reiterando o seu compromisso para a realização de uma "assembleia cidadã" sobre essa questão.
Em relação à morte medicamente assistida, Jorge Pinto enfatizou a sensibilidade do tópico, mas disse que, enquanto Presidente da República, procurará garantir que "não há qualquer margem de dúvida em relação à constitucionalidade" do diploma e que "não se está a avançar no caminho errado".
O candidato presidencial abordou ainda a sondagem divulgada esta quinta-feira pelo Expresso e a SIC, que o coloca na categoria "outros" por ter intenções de voto inferiores a 1%, reconhecendo que "tem um ponto de partida muito distinto dos outros, com menos notoriedade", mas que pretende "afirmar a distinção da sua visão durante os debate" e ser uma "boa surpresa".
"Esta sondagem mostra que é uma coisa muito importante. Há quase um quarto eleitorado que continua indeciso. Há muito ainda em jogo, ainda muita tinta vai correr, e eu estou aqui mesmo para ser a boa surpresa e tenho a certeza que depois dos debates as sondagens vão dizer uma coisa muito diferente do que têm dito até agora", acrescentou.
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