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Netanyahu aceita trégua parcial para vacinação contra a poliomielite em Gaza

Primeiro-ministro israelita autoriza suspensão temporária dos bombardeamentos em algumas zonas de Gaza.

30 de agosto de 2024 às 01:30

Israel aceitou na quinta-feira suspender parcialmente os bombardeamentos nalgumas zonas de Gaza a partir deste fim de semana, para permitir a vacinação de milhares de crianças palestinianas contra a poliomielite.

Em comunicado, o Governo israelita recusa a possibilidade de uma trégua generalizada, mas diz ter aceitado realizar "pausas temporárias em locais específicos" para possibilitar o trabalho das equipas humanitárias que vão levar a cabo a campanha de vacinação.

Segundo a imprensa israelita, a pausa nos combates terá sido uma exigência do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que visitou Israel na semana passada, além de que existe uma forte possibilidade de a doença se propagar a Israel se não for controlada a tempo em Gaza. O acordo abrange também o Hamas e estão previstas pausas faseadas de três dias cada, em três regiões diferentes de Gaza.

A Organização Mundial da Saúde confirmou no dia 23 o primeiro caso de poliomielite no enclave palestiniano em mais de 25 anos, num bebé de 11 meses, e alertou para o risco de um surto "incontrolável" da doença devido à falta de condições de higiene e de cuidados médicos após mais de 10 meses de guerra. A poliomielite é uma doença altamente contagiosa que pode provocar a paralisia e a morte.

Mais de um milhão de doses da vacina foram enviadas para o território, estimando-se que seja necessário vacinar cerca de 90% das 640 mil crianças palestinianas com menos de 10 anos para travar a doença.

Forças israelitas matam cinco militantes em mesquita

As forças israelitas mataram na quinta-feira cinco alegados terroristas no interior de uma mesquita em Tulkarm, no segundo dia de uma ofensiva em larga escala na Cisjordânia contra grupos armados apoiados pelo Irão.

Fontes locais dizem que os militares se disfarçaram como civis para se infiltrarem na mesquita, que serviria como base de operações do grupo.

Um dos terroristas abatidos foi identificado como Mohammed Jaber, um comandante local da Brigada Tulkarm, grupo apoiado pela Jihad Islâmica e responsável por inúmeros ataques contra militares e civis israelitas.

Na quarta-feira, primeiro dia da ofensiva, as forças israelitas dizem ter matado pelo menos 12 militantes e detido dezenas de outros. O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou na quinta-feira "grande preocupação" com a ofensiva na Cisjordânia, acusando Israel de "inflamar ainda mais uma situação já de si explosiva".

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