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Polícia Federal prende no Rio de Janeiro mais um suspeito de ligação ao grupo extremista Hezbollah

Identidade do indivíduo não foi revelada.

13 de novembro de 2023 às 13:56

A Polícia Federal brasileira (PF) deteve na noite deste domingo no Rio de Janeiro mais um suspeito de fazer parte de um esquema de recrutamento para a suposta criação de um núcleo terrorista no Brasil ligado ao grupo extremista libanês Hezbollah. Quarta-feira passada, no primeiro dia da "Operação Trapiche", a PF prendeu outros dois suspeitos de fazerem parte dessa rede, um deles ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo ao regressar de uma viagem ao Líbano.

O suspeito detido este domingo estava num quiosque na orla da Praia de Copacabana, na zona sul da cidade, foi apanhado de surpresa e não ofereceu resistência. A identidade dele não foi revelada, por ser esse o padrão da PF e por a investigação transcorrer em sigilo, até por haver outros suspeitos ainda por deter.

O principal deles é o sírio naturalizado brasileiro Mohamad Khir Abdumajid, contra o qual foi tentado cumprir um mandado de prisão na quarta-feira passada, na primeira fase da operação, mas que não foi preso por estar fora do Brasil, provavelmente no líbano. Para a PF, Mohamad é o líder do núcleo terrorista que estaria a ser criado no Brasil e seria ele a gerir a tentativa de recrutamento de extremistas brasileiros.

Sobre a finalidade do núcleo terrorista presumivelmente em criação no Brasil, as poucas informações que se sabem são bastante conflitantes. Para Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, o núcleo terrorista tinha como objetivo desencadear uma vaga de ataques terroristas contra pessoas e entidades da comunidade judaica no Brasil, mas autoridades brasileiras têm afirmado sob sigilo duvidar dessa versão.

Parece já não haver dúvidas de que o Hezbollah estava realmente a tentar criar um núcleo terrorista no Brasil formado por brasileiros, por isso a Polícia Federal entrou em ação e prendeu suspeitos, mas em Brasília acredita-se que eventuais catos terroristas desse grupo seriam desferidos em outros países da América do Sul e não no Brasil. O Hezbollah é financiado pelo Irão, país com que o Brasil tem laços muito fortes, como com quase todos os países árabes e muçulmanos, e não faria sentido que o governo de Teerão incentivasse ou mesmo permitisse ataques em território brasileiro.

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